O procurador-geral da República, Paulo Gonet, se opôs ao pedido de prisão do coronel Jorge Naime, da reserva da Polícia Militar do Distrito Federal, em razão de suposto descumprimento de determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
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Naime é um dos ex-integrantes da cúpula da polícia distrital acusados no caso do 8 de Janeiro e encontra-se sob monitoramento eletrônico, com restrições ao uso das redes sociais, entre outras medidas.
A Fenepe solicitou a prisão de Jorge Naime após ele ter afirmado que o coronel utilizava a mulher, Mariana Naime, para fins de atividade nas redes sociais.
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Em duas entrevistas com canais do YouTube que representam a direita e a extrema direita, Mariana utilizou um “assessor” que permaneceu fora do campo de visão para relembrar eventos na Praça dos Três Poderes. Ela participou das conversas por videoconferência.
Para Gonet, não foi possível verificar, “com o grau suficiente de certeza”, a identidade da pessoa a quem a mulher do coronel recorreu. O parecer é de sexta-feira (29).
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A assessora Mariana Naime não forneceu seus dados para a reportagem.
Ela afirmou, em nota, que se verifica uma tentativa de abafar uma voz feminina que expôs fatos inconvenientes.
Além disso, afirmaram que buscam atribuir ao coronel Naime responsabilidades por suas declarações, o que representa uma afronta ao princípio constitucional da intranscendência da pena – ninguém pode ser punido por atos de terceiros.
O ex-coronel da reserva Jorge Naime é responsabilizado por crimes como a abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e violação de deveres.
A acusação da PGR afirma que ele empregou uma “estratégia deliberada de afastamento”, o que evidencia uma “conivência implícita com as ações violentas que se aproximavam”.
Fonte por: CNN Brasil