Demissões em Massa nos EUA Aumentam em Outubro
No mês de outubro, as demissões em massa anunciadas por empresas nos Estados Unidos cresceram significativamente, refletindo o impacto da inteligência artificial no mercado de trabalho. De acordo com um relatório da Challenger, Gray & Christmas, os cortes de empregos no mês passado superaram 153 mil, representando um aumento de 175% em relação ao mesmo mês do ano anterior e o maior crescimento para outubro desde 2003.
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Os anúncios de demissões já ultrapassaram um milhão nos primeiros dez meses deste ano, o que representa um aumento de 65% em comparação ao mesmo período do ano passado. O relatório destaca que este é o maior total para outubro em mais de 20 anos e o maior para um único mês no quarto trimestre desde 2008.
Fatores que Influenciam o Mercado de Trabalho
A empresa de recolocação profissional e coaching executivo observou que o mercado de trabalho americano está se normalizando após o auge da pandemia. No entanto, fatores como a adoção de IA, a desaceleração dos gastos do consumidor e o aumento dos custos têm pressionado as empresas.
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Gigantes como Amazon e Target também anunciaram demissões em massa, citando a inteligência artificial como um fator determinante.
É importante ressaltar que os anúncios de demissões não necessariamente indicam um aumento no desemprego. A avaliação da saúde do mercado de trabalho tem sido dificultada pela paralisação do governo, que se tornou a mais longa da história. Desde o início de outubro, as estatísticas econômicas oficiais estão suspensas, incluindo o relatório de emprego do Departamento do Trabalho, que fornece dados sobre a taxa de desemprego e o crescimento mensal da folha de pagamento.
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Impacto na Formulação de Políticas Econômicas
O relatório de empregos de setembro, que deveria ter sido divulgado em 3 de outubro, não foi publicado, e o mesmo ocorrerá com o relatório de outubro, que estava previsto para esta sexta-feira. Essa situação complica a tomada de decisões por parte dos formuladores de políticas econômicas, como os membros do Federal Reserve.
Com a falta de dados oficiais, investidores e formuladores de políticas estão utilizando informações alternativas, como os dados de folha de pagamento do setor privado divulgados pela ADP, junto com o relatório da Challenger, para avaliar a economia dos EUA.
Contudo, conforme mencionado pelo presidente do Fed, Jerome Powell, os dados privados não substituem os números do governo, que são considerados o “padrão ouro” para medir a economia americana. A ausência contínua desses dados pode afetar a formulação de políticas monetárias e comprometer futuros cortes nas taxas de juros.
Powell alertou sobre a necessidade de cautela nas decisões futuras, dada a incerteza atual.
