Demissão voluntária e empréstimo de R$ 20 bi: detalhes do plano de reestruturação dos Correios após prejuízo de R$ 4,3 bi
A companhia reporta prejuízo de R$ 4,3 bilhões no primeiro semestre de 2025.
Correios Anunciam Reestruturação Após Resultados Financeiros Negativos
Os Correios iniciarão um plano de reestruturação visando garantir a segurança operacional e financeira da estatal, em resposta a uma série de resultados financeiros desfavoráveis. A medida foi anunciada na quarta-feira, 15, pelo novo presidente da empresa, Emmanoel Rondon.
No primeiro semestre de 2025, a companhia registrou um prejuízo de R$ 4,3 bilhões, um valor três vezes maior que o do ano anterior. O resultado negativo foi acentuado pelos dados do segundo trimestre de 2025, onde o rombo alcançou R$ 2,6 bilhões, quase cinco vezes superior ao mesmo período de 2024.
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Causas e Medidas para Recuperação
Um dos fatores que contribuíram para os resultados negativos é a alteração na cobrança do imposto de importação sobre mercadorias, conhecida como “taxa das blusinhas”. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comentou que os Correios “inspiram cuidados” e que a situação deve ser abordada com urgência.
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Para reverter a situação, os Correios adotarão três estratégias principais: corte de despesas operacionais e administrativas, diversificação de receitas para recuperar a capacidade de geração de caixa e recuperação da liquidez da empresa, visando restabelecer sua competitividade.
Busca por Empréstimo e Governança
A estatal planeja buscar um empréstimo de R$ 20 bilhões no mercado, com o aval do Tesouro Nacional, para atender às necessidades de caixa nos anos de 2025 e 2026. O modelo proposto envolve um consórcio de bancos, onde instituições financeiras colaborarão para oferecer o capital necessário.
Emmanoel Rondon destacou que a operação será viável, considerando os resultados que o pacote de reestruturação deve gerar. Ele enfatizou que a gestão e a eficiência são essenciais para enfrentar os desafios do setor postal globalmente.
Detalhes do Plano de Reestruturação
O plano de reestruturação dos Correios incluirá, em sua primeira fase, um novo programa de demissões voluntárias (PDV), a venda de imóveis ociosos e a renegociação de contratos. Não foram divulgados os valores esperados de economia com essas ações.
Em maio, a empresa já havia suspendido férias e reduzido jornadas de trabalho para tentar economizar R$ 1,5 bilhão. Além disso, a estatal buscará se reaproximar de grandes clientes e estudar experiências internacionais que possam ser integradas à sua rede logística, especialmente na área de serviços financeiros.
- Implementação de um novo programa de demissões voluntárias (PDV) com diagnóstico da força de trabalho.
- Venda de imóveis ociosos para gerar capital e reduzir custos de manutenção.
- Renegociação de contratos com fornecedores para obter condições mais favoráveis.
Autor(a):
Sofia Martins
Com uma carreira que começou como stylist, Sofia Martins traz uma perspectiva única para a cobertura de moda. Seus textos combinam análise de tendências, dicas práticas e reflexões sobre a relação entre estilo e sociedade contemporânea.