Delta pagará 78,75 milhões de dólares por descarte de combustível

A Delta Air Lines assentiu em pagar US$ 78,75 milhões para solucionar uma ação coletiva relacionada a um vazamento de combustível ocorrido em 2020, que afetou dezenas de milhares de imóveis, incluindo moradias e escolas, nos condados de Los Angeles e Orange, na Califórnia.

Uma proposta inicial de acordo foi apresentada nesta semana no tribunal federal de Los Angeles e está pendente de aprovação judicial.

O incidente deu-se em 14 de janeiro de 2020, com a perda de energia da aeronave Delta 89, que seguia de Los Angeles para Xangai, transportando 167 passageiros e tripulação.

Os pilotos da Delta despejaram aproximadamente 15.000 libras de combustível do Boeing 777 durante o retorno ao Aeroporto Internacional de Los Angeles, visando diminuir os riscos de um pouso de emergência com carga excessiva. Diversas dezenas de pessoas no solo receberam tratamento por lesões leves.

Os donos afirmaram que os pilotos descartaram combustível de forma excessiva em baixas altitudes sobre áreas densamente habitadas, em vez de fazê-lo sobre o Oceano Pacífico ou em alta altitude para que se dissipasse, ou queimar combustível voando em padrão de espera. Eles solicitaram que a Delta limpe a área afetada.

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A Delta contestou as acusações, alegando que o acordo foi firmado para evitar incertezas, distrações e despesas com ações judiciais.

A empresa aérea com sede em Atlanta também declarou que os pilotos e a tripulação do Voo 89 “realizaram precisamente o que os regulamentos federais e seu treinamento autorizado pela FAA determinavam para lidar com aquela situação de emergência em voo e assegurar a segurança dos passageiros, da tripulação e das pessoas no solo”.

A investigação da FAA, posteriormente, não encontrou irregularidades, conforme declarado pela Delta.

O valor final do acordo, após honorários e despesas, pode atingir US$ 50,6 milhões, sendo distribuído entre proprietários ou moradores de cerca de 38 mil imóveis, conforme consta nos documentos legais.

Filippo Marchino, advogado dos autores da ação, declarou em comunicado que o acordo era justo e razoável, e compensaria “famílias trabalhadoras que pediram apenas respeito e tratamento justo e merecem legitimamente este resultado”.

Fonte por: CNN Brasil