Delegado da Polícia Federal apura que está sendo investigado ao depor como testemunha no Supremo Tribunal Federal

Tomas de Almeida Vianna declarou como testemunha de defesa no caso envolvendo o núcleo 2 da trama golpista, após ser alvo de inquérito relacionado à atu…

16/07/2025 0:49

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Delegado da Polícia Federal apura que está sendo investigado ao depor como testemunha no Supremo Tribunal Federal
(Imagem de reprodução da internet).

O delegado da PF, Tomas de Almeida Vianna, identificou, em depoimento no STF na terça-feira (15), que é investigada pelo Ministério Público.

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A Procuradoria-Geral da República (PGR) indicou que Vianna está sendo investigada quanto à atuação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na tentativa de impedir o exercício do direito ao voto de eleitores considerados contrários a Jair Bolsonaro nas eleições de 2022.

Vianna foi indicado como testemunha do ex-secretário-executivo da Secretaria de Segurança Pública do DF, Fernando de Sousa Oliveira. Ele é réu no núcleo 2 da investigação sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado.

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Ao ser chamada para depor, a procuradora-geral solicitou a remoção da testemunha a fim de assegurar o direito de Vianna de não se autoincriminar, ainda que ele não tivesse sido formalmente indiciado.

Diante da intervenção, Vianna declarou que sempre prestara depoimentos na condição de colaborador e que desconhecia ser investigado. O delegado solicitou que pudesse se abster de responder questões que pudessem configurar autoincriminação, o que foi atendido.

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Vianna podia permanecer em silêncio, porém optou por responder a algumas das perguntas.

Em 2022, Vianna era coordenador-geral de inteligência do Ministério da Justiça.

Ele estava diretamente subordinado a Marília Ferreira de Alencar, delegada da PF, ex-diretora de Inteligência do MJ e também réu no núcleo 2 da trama golpista.

Vianna afirmou nunca ter enfrentado dificuldades com a chefia. Declarou ainda não ter testemunhado nenhuma ação ou ordem que estivesse fora do escopo legal de atuação da coordenação.

Também declarou nunca ter recebido ordens do ex-ministro Anderson Torres para influenciar as ações das forças de segurança em função da inclinação política de cada estado.

Outro caso parecido.

Em maio, durante a audiência de testemunhas do núcleo 1 do plano de golpe, outro delegado da PF teve sua investigação pela PGR revelada na oitiva.

Caio Rodrigo Pelim estava sob investigação no processo que apurava a prática de blitzes no segundo turno das eleições, com o intuito de dificultar o acesso de eleitores do Nordeste às sessões de votação.

Pelim foi chamado para depor em favor do ex-ministro da Justiça Anderson Torres, e, no início da sua oitiva, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, informou que ele estava envolvido em outra investigação.

“Eu fico um pouco surpreso”, declarou Pelim. “Eu fui ouvido como testemunha e não tenho conhecimento de qualquer investigação envolvendo meu nome”, completou.

Ele não exerceu o direito ao silêncio e respondeu apenas às perguntas que não o autoincriminaram.

Fonte por: CNN Brasil

Fluente em quatro idiomas e com experiência em coberturas internacionais, Ricardo Tavares explora o impacto global dos principais acontecimentos. Ele já reportou diretamente de zonas de conflito e acompanha as relações diplomáticas de perto.