O ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes, assassinado em Praia Grande (SP) na segunda-feira (15), era reconhecido como um pioneiro no enfrentamento do Primeiro Comando da Capital (PCC). Por ser visto como adversário da organização, Ferraz foi o primeiro delegado a desmantelar a estrutura criminosa, uma atuação crucial que o tornou alvo da facção.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
O diretor-executivo da SSP, Osvaldo Nico, que atuou com Ferraz por mais de 40 anos, descreveu o papel histórico do gestor na corporação.
A ocorrência foi planejada e contou com disparo de mais de 20 armas de fogo, conforme relato do delegado-geral.
LEIA TAMBÉM!
Nico afirma que Ruy Ferraz foi o primeiro a combater o crime organizado em São Paulo. Sua atuação importante ocorreu na quinta delegacia do patrimônio, com foco em roubos a bancos.
Nesse período, Ferraz conduziu o primeiro mapeamento dos líderes do PCC e solicitou a prisão de diversos integrantes da cúpula da facção, sendo um pioneiro na luta contra o crime organizado.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Ferraz, visto por Nico como um profissional notável, apesar de ser reservado e discreto, possuía uma abordagem ousada para lidar com a criminalidade, buscando sempre confrontos diretos e vigorosos.
A ocorrência foi meticulosamente planejada, envolvendo disparo de mais de 20 armas de fogo. O automóvel da vítima colidiu com um ônibus antes dos disparos, e o veículo dos criminosos foi incendiado em seguida.
Com quatro décadas de experiência, Fontes atuava como jurado da facção criminosa PCC. Ele alcançou destaque ao delatar toda a liderança do grupo, incluindo Marcola, em 2006, e por detalhar a organização nos anos 2000. Em dezembro de 2023, após um incidente, manifestou apreensão: “Eles sabem onde eu moro”.
O governador Tarcísio de Freitas assegurou punição severa aos culpados. Uma equipe de mais de 100 policiais foi acionada para apurar o ocorrido, analisando todas as possibilidades.
Duas demais pessoas sofreram ferimentos durante a ocorrência.
Fonte por: CNN Brasil