O tenente-coronel Mauro Cid informou à Polícia Federal que advogados ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro buscaram seus familiares para alterar sua estratégia de defesa durante a investigação sobre a tentativa de golpe de 2022. Os profissionais envolvidos, Fabio Wajngarten, Paulo Cunha Bueno e Luiz Eduardo Kuntz, iniciaram essas tentativas em agosto de 2023, período em que Cid estabeleceu um acordo de colaboração premiada com a PF. Após sua prisão em maio de 2023, Cid relatou que Kuntz e Wajngarten tentaram se comunicar com sua esposa e uma de suas filhas menores. Ele tomou conhecimento de que os advogados mantinham contato frequente com a jovem por meio de aplicativos de mensagens, utilizando o hipismo, esporte que ela pratica, como tática de aproximação.
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Cid afirmou que Kuntz realizou diversas tentativas de contato com sua mãe, Agnes Cid, oferecendo seus serviços para defendê-lo. O tenente-coronel acredita que essas tentativas visavam obter informações sobre seu acordo de colaboração e influenciar as investigações em andamento.
Diante das declarações de Cid, sua defesa solicitou à Polícia Federal que investigasse Kuntz e Wajngarten por possíveis tentativas de obstrução da justiça. O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, ordenou que os advogados sejam convocados para prestar esclarecimentos sobre as alegações.
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Em resposta, Kuntz declarou que se manifestará nos autos do processo, enquanto Wajngarten defendeu a legalidade de suas ações. Cid, por sua vez, negou ter utilizado uma conta no Instagram para se comunicar com Kuntz sobre seu atraso e levantou a suspeita de que mensagens trocadas entre eles possam ter sido manipuladas. Ele acredita que alguém gravou conversas sem sua autorização e enviou os áudios para Kuntz.
Fonte por: Jovem Pan
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