Defensores de Mauro Cid foram objeto de tentativas de influência por advogados ligados a Bolsonaro durante a investigação

Em agosto de 2023, Fabio Wajngarten, Paulo Cunha Bueno e Luiz Eduardo Kuntz iniciaram tais abordagens, no período em que Cid firmou um acordo de colabor…

26/06/2025 21:09

1 min de leitura

Defensores de Mauro Cid foram objeto de tentativas de influência por advogados ligados a Bolsonaro durante a investigação
(Imagem de reprodução da internet).

O tenente-coronel Mauro Cid informou à Polícia Federal que advogados ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro buscaram seus familiares para alterar sua estratégia de defesa durante a investigação sobre a tentativa de golpe de 2022. Os profissionais envolvidos, Fabio Wajngarten, Paulo Cunha Bueno e Luiz Eduardo Kuntz, iniciaram essas tentativas em agosto de 2023, período em que Cid estabeleceu um acordo de colaboração premiada com a PF. Após sua prisão em maio de 2023, Cid relatou que Kuntz e Wajngarten tentaram se comunicar com sua esposa e uma de suas filhas menores. Ele tomou conhecimento de que os advogados mantinham contato frequente com a jovem por meio de aplicativos de mensagens, utilizando o hipismo, esporte que ela pratica, como tática de aproximação.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Cid afirmou que Kuntz realizou diversas tentativas de contato com sua mãe, Agnes Cid, oferecendo seus serviços para defendê-lo. O tenente-coronel acredita que essas tentativas visavam obter informações sobre seu acordo de colaboração e influenciar as investigações em andamento.

Diante das declarações de Cid, sua defesa solicitou à Polícia Federal que investigasse Kuntz e Wajngarten por possíveis tentativas de obstrução da justiça. O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, ordenou que os advogados sejam convocados para prestar esclarecimentos sobre as alegações.

Leia também:

Em resposta, Kuntz declarou que se manifestará nos autos do processo, enquanto Wajngarten defendeu a legalidade de suas ações. Cid, por sua vez, negou ter utilizado uma conta no Instagram para se comunicar com Kuntz sobre seu atraso e levantou a suspeita de que mensagens trocadas entre eles possam ter sido manipuladas. Ele acredita que alguém gravou conversas sem sua autorização e enviou os áudios para Kuntz.

Fonte por: Jovem Pan

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Autor(a):

Apaixonada por cinema, música e literatura, Júlia Mendes é formada em Jornalismo pela Universidade Federal de São Paulo. Com uma década de experiência, ela já entrevistou artistas de renome e cobriu grandes festivais internacionais. Quando não está escrevendo, Júlia é vista em mostras de cinema ou explorando novas bandas independentes.