Defensor Público Critica Ação da Polícia no Rio de Janeiro
O defensor público Eduardo Newton, do Rio de Janeiro, declarou que a operação que resultou em ao menos 121 mortes nos complexos do Alemão e da Penha “atenta contra o próprio regime democrático”. O caso levou a Defensoria Pública da União (DPU) a recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF).
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Em entrevista à Rádio Brasil de Fato, Newton criticou a falta de transparência e o desrespeito às prerrogativas institucionais. Ele enfatizou que a defensoria pública não busca a perícia por curiosidade, mas sim pela necessidade de controle sobre uma das polícias mais letais do país.
Importância da Presença da Defensoria
Newton ressaltou que impedir a presença da Defensoria Pública significa negar o controle público sobre as ações do Estado. “Essa resistência reflete uma incapacidade de entender o que é o regime democrático, que inclui o controle dos atos do poder público”, afirmou.
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Ele destacou que a exclusão da instituição das investigações enfraquece o processo democrático e impede que os familiares das vítimas tenham acesso a informações relevantes sobre seus entes queridos. “Isso não apenas viola prerrogativas, mas também atenta contra o próprio regime democrático”, apontou.
Sentimento de Choque na Sociedade
Newton descreveu o sentimento diante da operação como um “choque”. Ele afirmou que essa é a palavra que melhor traduz a experiência da comunidade jurídica e da sociedade carioca e brasileira. O espanto, segundo ele, vem da letalidade e da postura das autoridades.
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O defensor também criticou a atitude da polícia, que abandonou corpos, e a postura do governador, que, segundo ele, tratou os quatro policiais como presumidos criminosos. Essa situação gerou um sentimento de choque generalizado na sociedade.
