O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, estabeleceu um prazo de 48 horas para que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) justifique os “reiterados descumprimentos das medidas cautelares impostas, a reiteração das condutas ilícitas e a existência de comprovado risco de fuga”.
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O ministro Moraes determinou a ordem logo após a Polícia Federal acusar o ex-capitão e deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) de obstrução durante o processo referente à tentativa de golpe de Estado.
No celular de Bolsonaro, a PF apreendeu um arquivo denominado “Carta JAIR MESSIAS BOLSONARO”. O documento, com 33 páginas, continha um pedido de asilo político direcionado ao presidente da Argentina, Javier Milei.
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O documento foi salvo no telefone do ex-presidente em 10 de fevereiro de 2024, dois dias após o início da Operação Tempus Veritatis, que investigava Bolsonaro e aliados envolvidos na trama golpista.
Para a corporação, embora se trate de um único documento em formato editável, sem data e assinatura, seu conteúdo demonstra que o réu, desde o início da Operação Tempus Veritatis, planejou ações para fugir do país, com o objetivo de impedir a aplicação de lei penal.
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O arquivo foi criado digitalmente por um usuário chamado “Fernanda Bolsonaro”. Os investigadores acreditam que se trata da esposa do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Fernanda Antunes Figueira Bolsonaro. O material foi editado pela última vez em 12 de fevereiro de 2024.
A evidência coletada pela Polícia Federal demonstra que Jair Messias Bolsonaro possuía um documento que facilitava sua saída do território nacional, após a aplicação das medidas cautelares, conforme concluiu Moraes ao solicitar esclarecimentos.
Fonte por: Carta Capital