O parlamentar permanece nos Estados Unidos e está sendo investigado por ações contra o Brasil no exterior.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, ordenou o bloqueio de contas bancárias, chaves Pix e bens móveis e imóveis do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). A determinação foi registrada no último sábado, 19.
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Eduardo está sendo investigado no STF por supostamente tramitar nos Estados Unidos para pressionar autoridades brasileiras e desestabilizar as instituições democráticas.
Ademais do bloqueio financeiro, o pagamento de Eduardo como deputado permanecerá suspenso. A ação visa evitar que o parlamentar continue atuando politicamente no exterior. Eduardo está há quatro meses nos Estados Unidos, para onde se transferiu após solicitar licença do mandato, sob a alegação de perseguição política.
O deputado intensificou a ação golpista contra as instituições brasileiras após a aplicação de medidas cautelares contra Jair Bolsonaro (PL), na última sexta-feira 18. O ex-presidente foi obrigado a usar tornozeleira eletrônica e está proibido de sair de casa entre 19h e 6h.
A Polícia Federal também investiga o envio de cerca de 2 milhões de reais para Jair pelo filho, com o objetivo de custear sua permanência nos Estados Unidos.
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A acusação contra Eduardo também possui implicações políticas. A licença de 120 dias concedida pela Câmara teve seu término no domingo, 20, e o parlamentar, que não retornou ao país, pode ser destituído por faltas injustificadas, de acordo com o Regimento Interno da Casa. Contudo, ele afirmou em transmissão ao vivo que não renunciará e que pretende manter o mandato por pelo menos três meses.
Durante a mesma transmissão, ironizou Alexandre de Moraes e proferiu declarações interpretadas como ameaças à Polícia Federal. “Se eu ficar sabendo quem é você… Ah, eu vou me mexer aqui”, disse, direcionando-se a agentes federais. A fala motivou o líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias (RJ), a pedir a prisão preventiva de Eduardo por coação no curso do processo e obstrução à justiça.
O relator da investigação incluiu outras publicações recentes do deputado no caso. Uma delas celebra a suspensão de vistos de ministros do STF pelo governo de Donald Trump, que, na visão dele, representa uma vitória internacional contra o Supremo.
Apesar das dificuldades, apoiadores de Eduardo no PL garantem que ele cumprirá seu mandato, mesmo que de forma incipiente. “Desejo assegurar que ele concluirá seu período, seja por meio do voto em projetos de lei ou com soluções políticas”, declarou o deputado Sostenes Cavalcante (PL-RJ) na segunda-feira, 21.
Fonte por: Carta Capital
Autor(a):
Ex-jogador de futebol profissional, Pedro Santana trocou os campos pela redação. Hoje, ele escreve análises detalhadas e bastidores de esportes, com um olhar único de quem já viveu o outro lado. Seus textos envolvem os leitores e criam discussões apaixonadas entre fãs.