Decisão da Moody’s sobre o Brasil e sobretaxa ao aço influenciam o mercado
Agência de classificação de risco revisa a avaliação do Brasil, alterando-a de positiva para estável, ao mesmo tempo em que Trump anuncia a intenção de aumentar tarifas sobre aço e alumínio.

A semana inicia-se com avanços econômicos relevantes que afetam o Brasil e o contexto internacional. A agência de classificação de risco Moody’s modificou a perspectiva da nota de crédito do Brasil de “positiva” para “estável”, diminuindo as possibilidades de o país retomar a classificação de investimento no curto prazo.
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A alteração indica uma diminuição dos riscos de crédito devido ao agravamento da incapacidade de pagamento da dívida.
A Moody’s sustenta que o avanço na gestão das despesas governamentais e na consolidação da confiança em relação à política fiscal tem sido mais lento do que o previsto.
A agência considera os esforços como teto para o aumento do salário mínimo, mas defende reformas mais profundas para reduzir os gastos e controlar as expectativas inflacionárias.
A Moody’s revisa a projeção para a dívida do governo brasileiro, elevando-a para 88% do PIB, em comparação com os 82% previstos anteriormente.
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que as tarifas de aço e alumínio serão elevadas de 25% para 50% a partir da próxima quarta-feira (4). A declaração foi feita em um discurso em uma fábrica da US Steel.
A decisão de Trump ocorre em meio a crescentes tensões com a China, após acusações mútuas de violação de uma trégua comercial acordada no início de maio.
A China se pronunciou, refutando as acusações e assegurando a defesa de seus interesses.
O secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, buscou minimizar a questão, declarando-se confiante de que os pontos serão esclarecidos quando Trump e o presidente chinês Xi Jinping conversarem por telefone.
A semana deve ser intensa com a publicação de dados econômicos relevantes. Nesta data, serão lançados os índices de atividade industrial (PMIs) de maio para Alemanha, Zona do Euro, Reino Unido e Estados Unidos.
Durante a semana, serão publicados nos Estados Unidos vários indicadores de emprego, incluindo o relatório de Payroll aguardado na sexta-feira (6). Na zona do euro, a reunião do Banco Central Europeu (BCE) na quinta-feira (5) deverá apresentar um novo corte nas taxas de juros.
No Brasil, a agenda contempla o anúncio do volume de produção industrial de abril e dos dados da balança comercial de maio, além das discussões sobre o Orçamento que permanecem como um tema central na política econômica do país.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Bianca Lemos
Ambientalista desde sempre, Bianca Lemos se dedica a reportagens que inspiram mudanças e conscientizam sobre as questões ambientais. Com uma abordagem sensível e dados bem fundamentados, seus textos chamam a atenção para a urgência do cuidado com o planeta.