Daniel Vávra defende a IA nos jogos! Co-fundador de “Kingdom Come: Deliverance”, o diretor expõe: “Resistir à IA é um erro!”. Descubra como a tecnologia pode revolucionar o desenvolvimento de jogos, otimizando processos e permitindo projetos ambiciosos com equipes menores
Daniel Vávra, cofundador da Warhorse Studios e diretor da franquia “Kingdom Come: Deliverance”, expressou publicamente seu apoio à inteligência artificial, argumentando que resistir à tecnologia seria um erro. Em uma publicação recente, ele escreveu: “Não sou fã de arte gerada por IA, mas, de qualquer forma, é hora de encarar a realidade: é algo que veio para ficar conosco.
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Por mais assustador que possa ser, é assim que as coisas são.” Vávra enfatizou a necessidade de aceitar a IA como uma ferramenta valiosa na indústria de jogos.
O diretor destacou que a IA pode ser extremamente útil para eliminar tarefas repetitivas e cansativas no desenvolvimento de jogos, especialmente aquelas que não têm um grande impacto na criatividade do projeto final. Ele mencionou o tempo e o investimento significativos necessários para completar um jogo, como o desenvolvimento de “Kingdom Come: Deliverance”, que levou sete anos, envolveu 300 pessoas e custou dezenas de milhões de dólares.
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Vávra acredita que a IA poderia permitir a criação de jogos ambiciosos em menos tempo e com equipes menores, sem comprometer a qualidade do trabalho dos profissionais criativos.
Vávra também abordou o uso da IA na criação de diálogos e na construção de mundos de jogos, especialmente para elementos que não são cruciais para a narrativa principal. Ele imaginou a possibilidade de interações mais dinâmicas com personagens não jogáveis (NPCs) em jogos de RPG, permitindo que os jogadores fizessem perguntas e recebessem respostas variadas, sem a necessidade de gravações de atores.
Ele comparou essa ideia com a possibilidade de usar a IA para criar conversas mais naturais e imersivas, como pedir uma salsicha em um pub ou perguntar como chegar ao castelo, sem a necessidade de performances cinematográficas.
Em sua defesa da IA, Vávra comparou a resistência à tecnologia com movimentos históricos que se opuseram à adoção de novas tecnologias, como a rejeição das máquinas de costura na indústria têxtil ou a insistência em cavalos após a popularização de carros e aviões.
Ele argumentou que a “história se repete” e que a resistência à IA é semelhante a reações passadas a novas tecnologias. Ele também mencionou um incidente recente em que foi acusado de usar IA no desenvolvimento de “Kingdom Come: Deliverance”, demonstrando a intensidade da reação à tecnologia.
Daniel Vávra reconhece os riscos associados à inteligência artificial, mas ressalta seu potencial transformador na indústria de jogos. Ele acredita que, com o uso adequado, a IA pode impulsionar a criatividade e a eficiência, abrindo novas possibilidades para o desenvolvimento de jogos ambiciosos e inovadores.
Autor(a):
Gabriel é economista e jornalista, trazendo análises claras sobre mercados financeiros, empreendedorismo e políticas econômicas. Sua habilidade de prever tendências e explicar dados complexos o torna referência para quem busca entender o mundo dos negócios.