A comediante Dani Calabresa, de 43 anos, manifestou-se acerca do caso de Léo Lins, que foi recentemente sentenciado a mais de oito anos de regime fechado por piadas preconceituosas exibidas em um vídeo divulgado em seu canal do YouTube.

Conheço o Leão há muito tempo e ele se apresenta muito bem no stand-up. Ele é um cara muito engraçado. E a estrutura de um stand-up bom é diferente de apenas escrever histórias divertidas. Ele é um superprofissional, iniciou ela.

Dani Calabresa comentou sobre as piadas de Léo Lins e avaliou a decisão judicial: “Ele seguiu um caminho equivocado, não sei nem qual é o humor que ele faz. Tem público, e o Léo escolheu isso. Ele quer ir na contramão, eu acho que ele quer testar o limite do humor. Eu não consigo passar pano para o conteúdo dele. Eu não quero nenhum ataque a minorias, discurso de racismo…”

“Mas não dá para prender um comediante por piada”, analisou a humorista. “Primeiro é: ele não pode ser preso por um show. Essa não é a solução. Isso eu acho ruim, perseguir artista, acho preocupante. Mas eu acho que tem uma zona nebulosa entre a nossa liberdade artística e nossa responsabilidade”.

Dani Calabresa ainda declarou que não acredita que seja necessário prendê-lo. “Fico triste. A gente nunca quer que isso aconteça, ainda mais porque eu o conheço, sei que ele é um cara legal.”

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Relembre condenação

O humorista Léo Lins foi condenado a 8 anos e 3 meses de reclusão, em regime inicial fechado, acrescido de multa. A sentença o reconheceu culpado por cometer discriminação e preconceito contra diferentes grupos, incluindo pessoas com deficiência, nordestinos e outros.

A Justiça Federal considerou que as piadas, divulgadas nas redes sociais e em formato artístico, constituem crimes. A decisão destaca que a liberdade de expressão não é ilimitada, sendo priorizada a dignidade da pessoa humana e o princípio da igualdade jurídica.

A decisão mencionou passagens concretas de piadas envolvendo nordestinos, pessoas com deficiência, obesos, indígenas e outros grupos, levando em conta que sua utilização fomentou discriminação e preconceito, ainda que em situações de descontração, o que foi avaliado como um fator agravante.

Leo Lins declara em transmissão ao vivo que “o humorista interpreta um personagem”.

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Com informações de Beto Souza da CNN

Fonte por: CNN Brasil