Na próxima semana, dados cruciais sobre emprego e inflação dos EUA serão divulgados, impactando os mercados e a política do Federal Reserve. Acompanhe!
Na próxima semana, uma série de dados sobre emprego, inflação e outros indicadores econômicos dos Estados Unidos será divulgada, oferecendo uma visão aguardada da economia do país. Esses dados podem influenciar os mercados até o final do ano.
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As ações americanas apresentaram queda no final da semana, com o índice de referência recuando, enquanto o Nasdaq teve um desempenho ainda mais fraco.
Relatórios trimestrais abaixo das expectativas da Oracle e da Broadcom, duas empresas-chave do setor de inteligência artificial que impulsionaram os mercados em 2025, pressionaram o setor de tecnologia, que possui grande peso no mercado. Os dados que serão divulgados são cruciais, pois tanto investidores quanto o Federal Reserve, o banco central dos EUA, têm enfrentado incertezas desde a paralisação do governo federal, que durou 43 dias e atrasou relatórios importantes.
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O relatório de empregos referente a novembro será publicado na terça-feira (16), enquanto o índice de preços ao consumidor, que é um indicador importante das tendências de inflação, será divulgado na quinta-feira (18). Jim Baird, diretor de investimentos da Plante Moran Financial Advisors, comentou sobre a falta de clareza para os investidores, destacando que os resultados corporativos ajudaram a sustentar os mercados, mas agora é hora de focar na economia subjacente.
O Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) votou 9 a 3 para manter a taxa de juros entre 3,5% e 3,75%, buscando fortalecer um mercado de trabalho que enfrenta desafios. O banco central sinalizou que os custos de empréstimo não devem cair no curto prazo, aguardando mais clareza econômica.
David Seif, economista-chefe da Nomura, ressaltou que a paralisação do governo resultou em uma lacuna de dados de emprego e inflação entre as reuniões do Fed de dezembro e janeiro.
A expectativa é que o número de empregos criados nos EUA tenha aumentado em 35.000 em novembro, conforme pesquisa da Reuters. O presidente do Fed, Jerome Powell, afirmou que, embora a média de vagas criadas tenha crescido em 40.000 por mês desde abril, esses números podem estar superestimados, com uma queda real média de 20.000 por mês.
Marvin Loh, estrategista da State Street, alertou que dados negativos sobre o emprego podem levar a discussões sobre recessão.
Os dados do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) serão divulgados em um momento em que a inflação permanece acima da meta do Fed, o que pode complicar a flexibilização da política monetária. Três membros do comitê discordaram da decisão de reduzir as taxas de juros, com dois argumentando que as taxas deveriam ter permanecido inalteradas.
Economistas do Morgan Stanley preveem novos cortes em janeiro e abril, mas alertam que se o mercado de trabalho se estabilizar, cortes futuros podem ser adiados até que a inflação desacelere.
Além dos relatórios de emprego e inflação, um relatório sobre vendas no varejo também será divulgado, fornecendo mais informações sobre o crescimento econômico. O relatório trimestral da Micron Technology, agendado para quarta-feira (18), pode atrair atenção após a turbulência no setor de inteligência artificial.
O índice S&P 500 subiu 16% até agora em 2025, elevando os ganhos do mercado de alta iniciado em outubro de 2022 para 90%.
Embora dezembro seja tradicionalmente um mês positivo para as ações, investidores podem buscar realizar lucros acumulados, o que pode gerar pressão vendedora. A proximidade dos feriados tende a reduzir o volume de negociações, resultando em movimentos exagerados nos preços dos ativos.
Loh destacou que, embora tenha sido um ano positivo para ativos de risco, a volatilidade do mercado pode aumentar se surgirem números instáveis ou se não houver razões convincentes para aumentar a exposição ao risco.
Autor(a):
Lucas Almeida é o alívio cômico do jornal, transformando o cotidiano em crônicas hilárias e cheias de ironia. Com uma vasta experiência em stand-up comedy e redação humorística, ele garante boas risadas em meio às notícias.