Dados de emprego no Brasil mostram um cenário de baixa taxa de desemprego e crescimento econômico. Lula celebra recordes e espera mais oportunidades em 2026!
Os dados de emprego divulgados nesta terça-feira (30) revelaram informações diversas sobre o Brasil. As estatísticas do mercado de trabalho costumam ser publicadas em intervalos curtos, frequentemente apresentando resultados variados.
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A pesquisa realizada pelo IBGE é mais abrangente, incluindo dados sobre o emprego informal, algo que o Caged não consegue captar, pois se limita a registros de contratações com carteira assinada enviados pelas empresas. Economistas consultados pelo CNN Money discutem o atual cenário do mercado de trabalho brasileiro e os fatores que têm contribuído para a redução da taxa de desemprego, mesmo com a diminuição das vagas formais.
Mauricio Nakahodo, professor de economia da ESEG, observa uma desaceleração na criação de empregos com carteira assinada. Segundo ele, isso reflete o cenário de taxas de juros elevadas. “Embora os dados atuais sejam inferiores aos de meses anteriores, ainda são normais em um contexto de baixa taxa de desemprego”, complementa.
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O professor destaca que a baixa taxa de desemprego também é influenciada pelo crescimento de modalidades de trabalho além das formais, como contratos de Pessoa Jurídica, motoristas de aplicativo e entregadores de delivery.
O desemprego, conforme indicado pelo IBGE, está em mínimas históricas, refletindo um aumento na massa de renda e uma redução da informalidade no país. Economistas atribuem isso a uma combinação de fatores sazonais e políticas públicas com incentivos fiscais.
“Apesar da taxa de juros elevada, a economia se mostra mais estruturada e resiliente à política monetária, em grande parte devido à política fiscal que apoia o aumento da atividade e da ocupação”, explica Cristina Helena Pinto, professora de economia da PUC-SP.
Juliana Inhasz, professora de economia do Insper, ressalta que os estímulos das políticas públicas são fundamentais para manter a sequência de recordes de baixa taxa de desemprego. A redução da população desocupada impulsiona a demanda por serviços e atividades que geram empregos, como comércio e serviços.
“O consumo das famílias está aquecido e resiliente. Embora as expansões sejam menos acentuadas devido à política monetária, a atividade econômica continua forte”, afirma.
Os dados indicam um ciclo de expansão, onde a queda do desemprego ocorre em um contexto de crescimento econômico. Com uma maior massa salarial, a população tem mais poder de compra, o que estimula diferentes setores da economia e, consequentemente, gera mais empregos.
Renan Pieri, professor de economia da FGV, acredita que esse ciclo se intensifica no final do ano. “O segundo semestre é positivo para a economia, com datas importantes para o varejo, como Black Friday e Natal, que contribuem para essa nova mínima histórica”, afirma.
Helena Pinto concorda que a sazonalidade impacta diretamente esses números, destacando um aumento na atividade econômica ligado às expectativas para o fim do ano, o que eleva o nível de contratações.
O presidente Lula celebrou os resultados nas redes sociais. Em uma publicação no X, o antigo Twitter, ele comentou que “enquanto 2025 não acaba, seguimos batendo recordes” e expressou a esperança de que o próximo ano traga “ainda mais prosperidade e oportunidades para o povo brasileiro.”
Autor(a):
Ex-jogador de futebol profissional, Pedro Santana trocou os campos pela redação. Hoje, ele escreve análises detalhadas e bastidores de esportes, com um olhar único de quem já viveu o outro lado. Seus textos envolvem os leitores e criam discussões apaixonadas entre fãs.