Custos de produção de carne de frango e suína no Brasil disparam, aponta Embrapa. Aumento da ração e insumos pode impactar preços para consumidores em breve.
Os custos de produção de carne de frango e suína no Brasil apresentaram um aumento, conforme um levantamento da Embrapa. Essa alta, registrada em novembro, pode resultar em preços mais altos para os consumidores nos próximos meses.
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Segundo a Embrapa Suínos e Aves, o principal fator para esse aumento é o encarecimento da ração animal, que é composta por milho e farelo de soja, representando a maior parte dos gastos na criação de frangos e suínos. Outros custos, como energia elétrica, transporte e insumos para manejo, também subiram.
No segmento de frango de corte, os custos de produção voltaram a aumentar após um período de estabilidade. No Paraná, referência para o setor, o custo foi de R$ 4,63 em novembro, um aumento de 1,68% em relação a outubro. A ração, que corresponde a 62,41% das despesas totais em outubro, teve um aumento de 0,58% no mês.
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Além disso, os custos com a aquisição de pintos de 1 dia de vida, que representam 19,60% do total, aumentaram 7,66% no mesmo período. Apesar desse aumento, no acumulado de 2025, as despesas para a produção de frango de corte recuaram 3,30%.
Na suinocultura, os custos também avançaram, principalmente devido à ração, que representa mais de dois terços do gasto total do produtor. Em Santa Catarina, o custo de produção do quilo do suíno vivo foi de R$ 6,42 em novembro, com uma alta de 1,12% em relação ao mês anterior.
No acumulado de 2025, o índice também mostra um aumento de 3,37%. A Embrapa destaca que, quando os custos de produção aumentam e os preços pagos ao produtor não acompanham essa elevação, a rentabilidade do setor é afetada. Com o tempo, parte desse aumento pode ser repassada ao consumidor final, especialmente se os custos permanecerem altos.
Autor(a):
Fluente em quatro idiomas e com experiência em coberturas internacionais, Ricardo Tavares explora o impacto global dos principais acontecimentos. Ele já reportou diretamente de zonas de conflito e acompanha as relações diplomáticas de perto.