Cúpula do Mercosul em Foz do Iguaçu reúne líderes como Lula e Javier Milei, mas sem acordos com a União Europeia. Expectativas estão altas!
Apesar da frustração pela não assinatura do acordo com a União Europeia, a Cúpula do Mercosul, marcada para este sábado (20) em Foz do Iguaçu (PR), contará com a presença dos principais líderes do bloco sul-americano. Entre eles estão Javier Milei, da Argentina; Yamandú Orsi, do Uruguai; Santiago Peña, do Paraguai; e Lula.
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A única ausência será Rodrigo Paz, recém-empossado presidente da Bolívia, que ainda está organizando seu governo. Por outro lado, José Raúl Mulino, presidente do Panamá, novo Estado Associado do bloco, estará presente.
O encontro dos líderes é aguardado com expectativa. Inicialmente, a Cúpula estava agendada para 2 de dezembro, mas foi adiada para o dia 20. A mudança ocorreu após França e Itália solicitarem o adiamento da votação do acordo no Conselho Europeu, que reúne os chefes de Estado do continente, bloqueando temporariamente o tratado.
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Sem a aprovação do colegiado, o impasse persiste.
A pressão de agricultores europeus, que temem que a entrada de produtos sul-americanos prejudique seus negócios, é o principal obstáculo. O Mercosul concordou em aguardar. Assim, a expectativa recai sobre como Lula e os demais presidentes abordarão a demora europeia durante a Cúpula.
Vale ressaltar que a Cúpula não será marcada pela assinatura ou conclusão de acordos comerciais. No Paraná, a presidência brasileira no Mercosul busca avançar em diversas frentes negociais. Na sexta-feira (19), os ministros de Relações Exteriores dos Estados partes e associados do Mercosul chegaram para o evento.
O chanceler brasileiro, Mauro Vieira, recebeu seus colegas e promoveu reuniões.
O primeiro dia também foi marcado pela inauguração, pelo presidente Lula, de uma nova ponte em Foz do Iguaçu. A obra, que recebeu um investimento de R$ 1,9 bilhão dos dois países, terá o tráfego liberado gradualmente. Com 760 metros de extensão, a nova ponte foi financiada pela Itaipu Binacional, em um arranjo institucional que envolveu o governo brasileiro, o DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) e o governo do Paraná.
Autor(a):
Apaixonada por cinema, música e literatura, Júlia Mendes é formada em Jornalismo pela Universidade Federal de São Paulo. Com uma década de experiência, ela já entrevistou artistas de renome e cobriu grandes festivais internacionais. Quando não está escrevendo, Júlia é vista em mostras de cinema ou explorando novas bandas independentes.