Cristina Kirchner é condenada por corrupção na Argentina

A “Vialidad” denunciou esquema de desvio de recursos públicos em obras rodoviárias durante o período em que a ex-presidente estava no cargo.

10/06/2025 19:17

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Cristina Kirchner é condenada por corrupção na Argentina
(Imagem de reprodução da internet).

A Suprema Corte da Argentina validou na terça-feira (10) a sentença que condena a ex-presidente Cristina Kirchner a seis anos de prisão e impede que ela exerça qualquer função pública.

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O governo argentino já foi condenado em primeira e segunda instâncias, em 2022 e 2024, respectivamente, por liderar um esquema de corrupção durante seu período de governo entre 2007 e 2015.

O Ministério Público alega que, no que ficou conhecido como Caso Vialidad, a ex-presidente Cristina Kirchner, em colaboração com diversos ex-funcionários de seu governo, favoreceu empresários por meio de contratos milionários referentes a obras rodoviárias inacabadas, inflacionadas e até supérfluas.

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A acusação se refere especificamente a 51 licitações na província de Santa Cruz, local de origem do ex-presidente Néstor Kirchner, com quem Cristina foi casada por 35 anos, até a morte do líder argentino em 2010.

Lázaro Báez, empresário argentino próximo ao casal Kirchner, é, conforme o processo, o principal beneficiário do esquema de corrupção.

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A acusação que levou à condenação de Cristina indica que a fraude iniciou no governo de Néstor Kirchner, e que, para desviar recursos, Lázaro Báez, amigo do então presidente e seu sócio e de sua esposa, tornou-se empresário da construção civil de forma repentina.

O Superior Tribunal da Argentina validou, no final de maio deste ano, a condenação de Báez por lavagem de dinheiro no caso conhecido como “rotação de dinheiro”, que também envolve o casal Kirchner.

A ex-presidente rejeita envolvimento nas irregularidades e acusa perseguição judicial com motivação política. Em suas últimas declarações, ela descreveu a Suprema Corte como uma “guarda pretoriana do poder econômico”.

Em face da prisão iminente, Kirchner declarou na segunda-feira (9) que, no cenário atual, ser presa é um “certificado de dignidade”. Em seu discurso durante um evento, ela mencionou políticos que comprometeram o país financeiramente e foram acusados de corrupção, porém não foram julgados.

Fonte por: CNN Brasil

Autor(a):

Apaixonada por cinema, música e literatura, Júlia Mendes é formada em Jornalismo pela Universidade Federal de São Paulo. Com uma década de experiência, ela já entrevistou artistas de renome e cobriu grandes festivais internacionais. Quando não está escrevendo, Júlia é vista em mostras de cinema ou explorando novas bandas independentes.