Crise na nova federação entre União Brasil e PP se intensifica após veto à candidatura de Sergio Moro ao governo do Paraná, gerando impasse político.
A nova federação formada entre União Brasil e PP (Progressistas) enfrenta uma séria crise após o veto à candidatura do senador Sergio Moro (União) ao governo do Paraná. De acordo com a apuração de Pedro Venceslau para o CNN 360º, a decisão do PP paranaense de barrar Moro intensificou as divergências entre os partidos, que já lidavam com conflitos em várias regiões.
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Moro havia anunciado sua pré-candidatura ao governo do Paraná com o apoio do União Brasil, promovendo eventos e buscando alianças no estado. No entanto, essa iniciativa ocorreu sem a aprovação do atual governador Ratinho Jr., que possui outros planos políticos para sua sucessão, uma vez que não pode concorrer à reeleição.
Durante um evento no Paraná, o PP não apenas desautorizou a candidatura de Moro, mas também declarou que ela não será homologada pela federação. Segundo Venceslau, essa decisão do diretório estadual do PP teve o apoio do presidente nacional da sigla, o senador Ciro Nogueira (PP), que, embora não estivesse presente, endossou a posição do partido no estado.
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A resposta do União Brasil veio através de seu presidente, Antônio Rueda, que classificou a decisão do PP paranaense como “arbitrária”. O analista de Política da CNN destacou que Rueda afirmou que seu partido insistirá na homologação da candidatura de Moro, criando um impasse, já que, segundo as regras da federação, ambos os partidos precisam aprovar as candidaturas.
A crise no Paraná não é um caso isolado. Em estados como Pernambuco e Piauí, a federação enfrenta problemas semelhantes. No Piauí, por exemplo, o senador Efraim Filho lançou sua candidatura ao governo com o apoio de Michelle Bolsonaro, mas sem consultar os aliados do PP.
Outro ponto de tensão é a candidatura de Ronaldo Caiado à Presidência da República. Embora tenha conseguido 10 das 40 inserções do União Brasil para sua candidatura nacional, o apoio não parece ser consenso nem dentro do próprio partido, nem no PP, que também possui outros projetos para 2026.
Autor(a):
Fluente em quatro idiomas e com experiência em coberturas internacionais, Ricardo Tavares explora o impacto global dos principais acontecimentos. Ele já reportou diretamente de zonas de conflito e acompanha as relações diplomáticas de perto.