As mudanças climáticas agravam desigualdades e representam sérios riscos para populações já vulneráveis. A constatação consta do relatório “Gender Snapshot 2025”, da ONU, publicado nesta data. De acordo com o documento, sob o pior cenário, 158,3 milhões de mulheres e meninas poderão ser admitidas na extrema pobreza até 2050, o que implica viver com menos de US$ 2,15 por dia. É provável que metade delas estejam na África Subsaariana, composta por mais de 40 países.
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Adicionalmente, 309,7 milhões de pessoas podem viver com US$ 3,65 por dia, enquanto outras 422 milhões recebem US$ 6,85 por dia. Isso corresponde a até 16,1 milhões de mulheres a mais, quando comparado ao número total de homens e meninos impactados pelas mudanças climáticas.
Insegurança alimentar
O acesso à alimentação é um fator apontado pelo relatório que afeta mais mulheres do que homens, e essa diferença está em crescimento. Segundo o relatório da ONU, em 2024, a desigualdade entre homens e mulheres em relação à insegurança alimentar moderada ou grave elevou-se para 1,9 ponto percentual, em comparação com 1,3 em 2023.
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Em 2024, constata-se que 822,3 milhões de mulheres enfrentam insegurança alimentar moderada ou grave, em comparação com 758,8 milhões de homens. A crise climática pode elevar esse número, adicionando outras 236 milhões de mulheres e meninas às estatísticas.
Alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas é o quinto dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, com o prazo de cumprimento estabelecido em 2030. O relatório publicado hoje reconhece que, apesar dos progressos em diversos indicadores, ocorreram recuos recentes, como as mudanças climáticas e uma reação global contra a igualdade de gênero, que o documento considera preocupante, podendo comprometer as conquistas já obtidas.
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Fonte por: CNN Brasil