O comandante guerrilheiro mais procurado da Colômbia, Iván Mordisco, declarou, no sábado 23, que não pretende se entregar, mesmo com a detenção de seu irmão, igualmente rebelde, nos limites de Bogotá.

O Mordisco domina o EMC, grupo de rebeldes que se distanciou do acordo de paz de 2016 entre o governo e a guerrilha das Farc.

O presidente Gustavo Petro o compara a Pablo Escobar, o barão da cocaína.

Durante o governo do ex-presidente Álvaro Uribe (2002-2010), “minha irmã desapareceu e eu não desisti”, recordou Mordisco, que está em fuga pela Amazônia, segundo autoridades, após ter sido ferido em uma operação.

Petro, primeiro presidente de esquerda da Colômbia, anunciou a apreensão de Mono Luis, irmão de Mordisco e responsável por “atividades de narcotráfico, finanças ilícitas e logísticas” do EMC.

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“Se desejar, encerre o restante da minha família. Não acredito na Justiça colombiana, mas confio na justiça revolucionária (… ) e o de agora será um motivo a mais para lutar pelas mudanças estruturais no país”, declarou Mordisco em comunicado divulgado em redes sociais, no qual responsabilizou Petro pelo destino de seus familiares.

A facção EMC é apontada como responsável por um ataque com caminhão-bomba que ceifou a vida de 6 civis e deixou mais de 60 feridos na última quinta-feira em Cali.

Os opositores intensificaram sua pressão sobre as autoridades policiais desde que Mordisco deixou as negociações de paz com o governo Petro, em 2024, após um ano de aproximação.

Fonte por: Carta Capital