Crianças podem apresentar sinais de ansiedade e depressão, como medo excessivo, irritabilidade, dificuldades de concentração e alterações no sono

Setembro Amarelo, mês da conscientização e prevenção do suicídio, representa uma oportunidade crucial para refletir sobre o impacto das doenças emociona…

09/09/2025 19:03

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Crianças podem apresentar sinais de ansiedade e depressão, como medo excessivo, irritabilidade, dificuldades de concentração e alterações no sono
(Imagem de reprodução da internet).

Setembro Amarelo, mês da conscientização e prevenção do suicídio, representa uma oportunidade crucial para refletir sobre como as doenças emocionais, como a ansiedade e a depressão, impactam as crianças durante a primeira infância, período que se estende desde o nascimento até os seis anos.

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É durante a primeira infância que a criança constrói suas bases cognitivas, emocionais e sociais, aprendendo a lidar com frustrações, criar vínculos afetivos e desenvolver autonomia. Quando esse processo é marcado por dificuldades emocionais ou falta de apoio adequado, surgem os riscos de desenvolver quadros de ansiedade e até depressão.

A ansiedade e a depressão podem passar despercebidas em algumas situações, o que representa um grande desafio, pois crianças nessa faixa etária ainda não conseguem expressar verbalmente seus sentimentos. Assim, os sinais se manifestam primariamente no comportamento, necessitando de atenção cuidadosa por parte dos pais e responsáveis.

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Sintomas Comuns de Doenças Emocionais na Primeira Infância

Os sintomas mais comuns de doenças emocionais na primeira infância incluem:

— Irritabilidade sem motivo.

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— Certas crianças manifestam sinais de ansiedade e depressão através de surtos de raiva, exclamações e atitudes hostis. Outras se tornam mais isoladas, buscando-se afastar-se para se sentirem mais protegidas e seguras. Em certos momentos, elas se recusam a deixar a residência, comparecer à escola ou visitar familiares.

— Dificuldades para dormir ou para comer.

— Insônia, pesadelos, o receio de dormir sozinha ou até mesmo xixi na cama recorrente podem indicar que a criança está enfrentando algum problema emocional. Além disso, as dificuldades podem se estender à alimentação: a falta de interesse pela comida ou o consumo excessivo podem ser um sinal de necessidade de ajuda.

— Dificuldades de concentração.

— A ansiedade e a depressão podem impactar o rendimento escolar e o interesse em atividades diárias, como brincar, rabiscar e ver desenhos animados. Crianças que se distraem com facilidade, não completam tarefas básicas ou exibem desinteresse pelo aprendizado, podem estar apresentando sinais de um problema de saúde mental.

— Dores de cabeça ou estômago frequentes e sem causa aparente.

— Quando a criança demonstra dores recorrentes, sem que exames médicos detectem uma origem física, pode ser que o problema esteja relacionado ao emocional. “Na infância, o corpo frequentemente manifesta o que a mente ainda não consegue verbalizar. Essas queixas devem ser consideradas e investigadas”, ressalta o neurocirurgião.

O apoio familiar desempenha um papel crucial no bem-estar e na saúde mental das pessoas.

André Ceballos afirma que a família desempenha um papel essencial no processo de identificação da ansiedade e da depressão na infância. Pais e responsáveis devem estar atentos a mudanças de comportamento e de humor. Ao identificar esses sinais, o ideal é procurar um médico. Com o diagnóstico, o ambiente familiar se torna fundamental para um tratamento bem-sucedido e, em muitos casos, para a cura.

Manter um diálogo aberto, proporcionar um ambiente acolhedor, sugerir atividades prazerosas como passeios e momentos em família, além de expressar afeto no cotidiano, são atitudes que contribuem para o cuidado contínuo da saúde emocional. O núcleo familiar inteiro precisa estar envolvido e atento às mudanças da criança, para que ela se sinta valorizada, apoiada e ouvida.

Por Alice Veloso

Fonte por: Carta Capital

Autor(a):

Com formação em Jornalismo e especialização em Saúde Pública, Lara Campos é a voz por trás de matérias que descomplicam temas médicos e promovem o bem-estar. Ela colabora com especialistas para garantir informações confiáveis e práticas para os leitores.