Crianças em Risco: Número de Casos de Desnutrição Diminui em 2024
Em 2016, o número de crianças e adolescentes nessa condição atingiu 2,1 milhões; em 2024, o contingente foi reduzido para 1,65 milhão.
Redução Significativa no Trabalho Infantil no Brasil
O Brasil apresentou uma notável redução no número de crianças e adolescentes envolvidos no trabalho infantil, alcançando um declínio de 21,4% no período de oito anos. Em 2016, cerca de 2,1 milhões de pessoas entre 5 e 17 anos enfrentavam essa situação, que foi drasticamente reduzida para 1,65 milhão em 2024. Essa diminuição representa um avanço importante na proteção dos direitos das crianças e adolescentes.
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Dados e Proporções: Uma Tendência Positiva
A queda no número absoluto de crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil também se refletiu em uma redução na proporção da população nessa faixa etária. Em 2016, 5,2% da população de 5 a 17 anos trabalhava informalmente, enquanto em 2024 essa porcentagem diminuiu para 4,3%, correspondendo a 37,9 milhões de brasileiros nessa faixa etária. Essa tendência de declínio demonstra o impacto das políticas públicas e da conscientização na luta contra o trabalho infantil.
Análise e Perspectivas: Aumento em 2024 e Relativação
Embora o número total de crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil tenha diminuído, houve um leve aumento de 2,1% no último ano, elevando o número para 1,616 milhão. No entanto, o analista do IBGE, Gustavo Geaquinto Fontes, relativizou essa variação, considerando-a “não muito acentuada”. A tendência de queda ainda persiste, apesar de uma oscilação positiva de 0,1 ponto percentual, indicando um progresso contínuo na erradicação do trabalho infantil.
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Fatores e Grupos Específicos: Adolescentes, Homens e Brancos
O aumento no último ano se concentrou principalmente no grupo de 16 a 17 anos e entre homens, que representam 51,2% da população de 5 a 17 anos, mas 66% das pessoas em situação de trabalho infantil. Para as crianças mais novas, a estabilidade se manteve. Além disso, a população preta ou parda enfrenta condições mais desfavoráveis, representando 66,6% das crianças e adolescentes que vivenciam o trabalho infantil, em comparação com 32,8% dos brancos.
Regiões e Atividades: Desigualdades e Foco
As regiões também apresentam desigualdades, com o Sudeste sendo a única região com um percentual de trabalho infantil abaixo da média nacional (4,3%). O Norte, Nordeste, Sul e Centro-Oeste apresentam taxas mais elevadas. Além disso, o IBGE identificou que o comércio, a reparação de veículos, a agricultura, o alojamento e a alimentação são os principais ramos de atividades que absorvem a mão de obra infantil. A pesquisa também revelou que mais da metade da população brasileira vive no limite do salário.
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Tarefas Domésticas e Conclusão
A pesquisa também abordou as tarefas domésticas, que são realizadas por 54,1% da população de 5 a 17 anos. A maioria das crianças e adolescentes (89,8%) gasta até 14 horas por semana nessas atividades, com as mulheres predominando. Os dados coletados pelo IBGE demonstram um esforço contínuo para combater o trabalho infantil e garantir o direito à educação e ao desenvolvimento saudável das crianças e adolescentes brasileiros.
Autor(a):
Lara Campos
Com formação em Jornalismo e especialização em Saúde Pública, Lara Campos é a voz por trás de matérias que descomplicam temas médicos e promovem o bem-estar. Ela colabora com especialistas para garantir informações confiáveis e práticas para os leitores.












