Crespo comenta sobre Zubeldía e considera uma possível volta ao São Paulo: “Se tudo estivesse bem, não estaria aqui”

O técnico Hernán Crespo foi apresentado pelo São Paulo nesta terça-feira (24), em coletiva de imprensa no Morumbi. O retorno do argentino ao clube foi marcado por uma sala de imprensa lotada, onde o profissional de 49 anos falou sobre os desafios da equipe na temporada e elogiou o trabalho de Luis Zubeldía. “Sou melhor do que há quatro anos atrás, mas é importante dizer que nenhum treinador tem fórmula mágica. Precisamos trabalhar e ser competitivos, criando uma identidade. Tenho muito respeito pelo trabalho de Zubeldía, me parece um ótimo treinador. Passaremos por um período de adaptação e será um mês e meio difícil”, comentou Crespo.

“Se tudo estivesse bem, eu não estaria aqui”, avaliou o treinador.

Esta é a segunda passagem de Crespo por São Paulo. Ele comandou o Tricolor paulista durante nove meses em 2021, conquistando o fim de uma fila de 16 anos sem vencer o Paulistão, o primeiro troféu do clube naquele momento desde a Sul-Americana, em 2012. “Foi um dia muito especial para mim. Sei o que fiz lá atrás foi o que me trouxe aqui novamente”. Antes da coletiva, o presidente Julio Casares falou brevemente com os jornalistas e afirmou que o argentino era o “plano A, B e C”, destacando a felicidade em ter o profissional de volta. “Aquela taça foi importante porque reconectou o time com a torcida. E como todos os profissionais que têm o perfil do Hernán deixa a porta aberta”.

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O cabelo crespo estará disponível para a próxima partida do São Paulo, após um intervalo de pouco mais de 20 dias. Após a pausa do Mundial de Clubes, o time tricolor enfrentará Flamengo, Bragantino e Corinthians – há possibilidade de o confronto com o clube carioca ser remarcado. O argentino admitiu que o Campeonato Brasileiro deve ser tratado com “urgência” – a equipe está em 14º lugar com apenas 12 pontos –, mas manifestou confiança no elenco.

No São Paulo não há muito para pensar. Tem de estar pronto para jogar. Todos temos de demonstrar estar na altura de São Paulo, que merecemos estar nesse lugar. É um momento difícil como sempre. É preciso entender que se pode errar, mas também podem acontecer coisas boas porque temos material para trabalhar bem. Temos jogadores que nos permitem sonhar, disse o novo comandante tricolor. Joguei com Drogba, Shevchenko, Vieri… Com cada um, eu precisava de atuar de um jeito diferente, mas minha vontade de fazer gols nunca mudou. Com o São Paulo não pode ser diferente, completou.

O técnico foi perguntado sobre a chance de empregar jogadores das categorias de base, uma demanda antiga da torcida. Para Crespo, quem estiver apresentando melhor desempenho terá a oportunidade de jogar. “Não considero a idade. Se os jovens de Cotia justificarem, eles jogarão. Não me importo com a documentação, se forem brasileiros, argentinos ou vindos de Cotia. Se estiverem em boa forma, serão convocados”. Após sua experiência no São Paulo, Crespo atuou no futebol árabe. O argentino trabalhou no Al-Duhail, do Catar, conquistando o título da liga nacional, da Copa do Emir e da Copa da Liga.

Ele também treinou o Al-Ain, dos Emirados Árabes, e conduziu a equipe ao título da Liga dos Campeões da Ásia, em maio de 2024. O time se classificou para o Mundial de Clubes nos Estados Unidos, mas Crespo foi desligado após a derrota por 5 a 1 para o saudita Al-Nassr, com Cristiano Ronaldo, na edição mais recente do torneio asiático.

Em um cenário onde os clubes brasileiros se destacam no Mundial da Fifa, o técnico fez diversos elogios ao futebol nacional e não demonstra surpresa com o bom desempenho das equipes do País nos EUA. “Se (o Brasileiro) não é o melhor, está entre os melhores. É um dos mais difíceis. É tecnicamente espetacular, muito competitivo. Talvez se havia a necessidade de ‘confirmar’ isso, coisa que eu não creio. O passado ‘diz’ isso, os gestos técnicos… Então não me surpreende”.

Com informações do Estadão Conteúdo Publicado por Fernando Dias

Fonte por: Jovem Pan