Crescimento Econômico dos EUA: Perspectivas de 2% em 2024 e Desafios Inflacionários à Vista

Crescimento econômico dos EUA deve subir para 2% em 2024, apesar de emprego lento. Federal Reserve pode cortar juros, mas riscos tarifários preocupam analistas.

24/11/2025 11:43

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(Imagem de reprodução da internet).

Crescimento Econômico dos EUA e Perspectivas para 2024

O crescimento econômico dos Estados Unidos deve apresentar um leve aumento no próximo ano, embora os ganhos de emprego continuem lentos. Economistas consultados pela Associação Nacional para Economia Empresarial indicam que o Federal Reserve deverá reduzir o ritmo dos cortes nas taxas de juros.

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A pesquisa, realizada entre 3 e 11 de novembro com 42 analistas, aponta uma expectativa mediana de crescimento de 2% para 2024.

Esse número é superior à taxa de 1,8% prevista na pesquisa anterior de outubro e contrasta com a projeção de apenas 1,3% feita em junho. O aumento nos gastos pessoais e nos investimentos empresariais são vistos como fatores que impulsionarão esse crescimento, embora novos impostos de importação, implementados pelo governo Trump, possam representar um obstáculo significativo.

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Riscos e Expectativas de Inflação

Os entrevistados destacaram os “impactos tarifários” como o principal risco negativo para a economia dos EUA, levando em conta tanto a probabilidade de ocorrência quanto o impacto potencial. Além disso, a aplicação mais rigorosa da lei de imigração também foi identificada como um fator que pode limitar o crescimento econômico.

A expectativa para a inflação é de que termine o ano em 2,9%, ligeiramente abaixo dos 3% previstos anteriormente. Para o próximo ano, a inflação deve cair para 2,6%, com as tarifas contribuindo entre 0,25 e quase 0,75 ponto percentual desse total.

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O crescimento do emprego é projetado para ser modesto, com cerca de 64.000 novas vagas por mês, superando as expectativas para o final deste ano.

Taxa de Desemprego e Política Monetária

A taxa de desemprego deve aumentar para 4,5% no início de 2026, mantendo-se nesse nível até o final do ano. Com a inflação persistente e um leve aumento no desemprego, a expectativa é de que o Federal Reserve aprove um corte de 0,25 ponto na taxa de juros em dezembro.

No entanto, os cortes adicionais nos custos dos empréstimos devem ser limitados a 0,5 ponto no ano seguinte, aproximando-se de uma taxa considerada neutra para a política monetária.

Gabriel é economista e jornalista, trazendo análises claras sobre mercados financeiros, empreendedorismo e políticas econômicas. Sua habilidade de prever tendências e explicar dados complexos o torna referência para quem busca entender o mundo dos negócios.