Crescimento do Varejo Paulista em 2025: FecomercioSP projeta alta de 5% com desafios econômicos

O varejo paulista deve crescer 5% em 2025, segundo a FecomercioSP, embora abaixo do recorde de 9,3% em 2024, refletindo desafios econômicos e inflação elevada.

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(Imagem de reprodução da internet).

Crescimento do Varejo Paulista em 2025

O varejo no estado de São Paulo deve registrar um crescimento de 5% em 2025 em comparação a 2024, de acordo com as previsões da FecomercioSP. Esse aumento, no entanto, é inferior ao crescimento de 9,3% observado em 2024 em relação a 2023.

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A entidade atribui essa desaceleração do comércio à perda de ritmo da atividade econômica, que é uma resposta à política monetária contracionista, destinada a conter a economia. A FecomercioSP aponta que a diminuição da força do varejo se intensificou no segundo semestre, afetando setores como o de automóveis, além de supermercados e lojas de roupas, que apresentaram um desempenho mais lento.

Expectativas e Desafios para o Setor

Embora o crescimento seja considerado positivo, ele indica uma desaceleração nas vendas, alinhada ao desempenho da economia brasileira, especialmente no segundo semestre. Em 2024, o setor alcançou um faturamento bruto recorde de R$ 1,42 trilhão, com um crescimento de 9,3% nas receitas.

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A FecomercioSP destaca que essa projeção é resultado de um cenário complexo, que apresenta tanto elementos positivos quanto desafios significativos para o próximo ano. Entre os fatores positivos, um mercado de trabalho aquecido tem contribuído para o consumo das famílias e a melhoria da renda média.

Fatores que Impactam as Vendas

Dados do Ipea indicam que os rendimentos do trabalho aumentaram 4% no terceiro trimestre de 2025 em comparação ao mesmo período de 2024. Essa dinâmica é vista como essencial para que o Brasil atinja as expectativas de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) entre 2% e 2,5% neste ano.

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Além disso, a inflação começou a apresentar uma tendência de queda a partir do início do segundo semestre, embora ainda esteja acima do teto da meta, que é de 4,5%. No entanto, a alta taxa de juros, com a Selic em 15% ao ano, representa um desestímulo às vendas, especialmente de bens duráveis.

Os economistas da FecomercioSP ressaltam que o Brasil ocupa a segunda posição no ranking mundial de maiores taxas de juros reais, com 9,74%, atrás apenas da Turquia. As incertezas fiscais também aumentam os riscos no ambiente de negócios, uma vez que a falta de um plano robusto de corte de gastos e os questionamentos sobre a redução da taxa de juros geram volatilidade nos mercados.

Ana Carolina é engenheira de software e jornalista especializada em tecnologia. Ela traduz conceitos complexos em conteúdos acessíveis e instigantes. Ana também cobre tendências em startups, inteligência artificial e segurança cibernética, unindo seu amor pela escrita e pelo mundo digital.

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