Cosan Anuncia Acordo de Investimentos para Oferta de Ações

A Cosan confirmou, na noite de quinta-feira (23), a assinatura de um acordo de investimentos que visa a realização de uma oferta de ações, com expectativa de captação de R$ 10 bilhões. Conforme antecipado pelo Broadcast, as empresas Aguassanta Investimentos e Queluz Holdings Limited, ambas sob o controle de Rubens Ometto Silveira Mello, presidente e acionista controlador da Cosan, firmaram um acordo com o BTG Pactual e o Perfin Infra.

Essas empresas se comprometeram a adquirir R$ 7,25 bilhões em ações na oferta primária da Cosan, com cada ação sendo precificada em R$ 5. A companhia destacou que essa oferta pública inicial é parte de uma estratégia mais ampla para captar recursos, visando fortalecer sua estrutura de capital por meio da renegociação e pagamento de obrigações financeiras, além de reduzir a alavancagem e aumentar a flexibilidade financeira.

Detalhes da Oferta de Ações

Serão emitidas inicialmente 1,45 bilhão de ações, com a possibilidade de aumento de até 25%, totalizando até 362 milhões de ações ordinárias, dependendo da demanda. A empresa informou que os investidores Âncora não participarão do Procedimento de Bookbuilding e, portanto, não farão parte do processo de definição do Preço por Ação.

Não haverá oferta de recibos de ações negociados nos Estados Unidos (American Depositary Receipts – ADRs), e as ações estarão sujeitas a restrições para depósito nesse tipo de instrumento. O road show terá início nesta sexta-feira (24), assim como o Procedimento de Bookbuilding. A definição do preço por ação está prevista para 3 de novembro, com as negociações começando no dia 5.

Coordenação e Limites de Capital

O processo será coordenado por BTG Pactual Investment Banking, Bradesco BBI, Santander e Itaú BBA, em regime de garantia firme de liquidação, e será direcionado ao público investidor em geral, incluindo investidores institucionais e não institucionais. Além disso, foi aprovado um aumento no limite de capital autorizado no Estatuto Social, estabelecendo um novo montante global de até 8 bilhões de ações, suficiente para suportar a emissão na oferta.

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Os investidores estarão sujeitos a um período de lock-up de dois anos a partir da data de liquidação, durante o qual não poderão oferecer, vender ou alienar 50% do total das ações subscritas na oferta.

Processo Privado e Objetivos Estratégicos

Em um fato relevante enviado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários), a Cosan destacou que foi procurada por interessados em potenciais investimentos e conduziu um processo privado de sondagem de investidores. O objetivo é estruturar uma captação primária que promova uma desalavancagem significativa da estrutura de capital.

A empresa também visa destravar valor para os acionistas, aumentar a liquidez das ações e formar uma base de investidores estratégicos que fortaleçam a governança corporativa e a execução da estratégia de longo prazo. O lock-up mínimo em uma parte relevante do investimento será parte de um acordo de acionistas com as Holdings Aguassanta.

Após um processo competitivo de avaliação e negociação com investidores institucionais e estratégicos, a Cosan, junto com as Holdings Aguassanta, estruturou um plano de distribuição que permitirá a entrada de investidores de longo prazo, essenciais para a credibilidade e estabilidade da operação.