Cortes nas Taxas de Juros em 2025: Bancos Centrais Aceleram Reduções em Nível Sem Precedentes

Em 2025, bancos centrais cortam taxas de juros em ritmo acelerado, marcando a maior redução desde 2008. O que esperar para 2026? Descubra!

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(Imagem de reprodução da internet).

Cortes nas Taxas de Juros em 2025

Em 2025, os principais bancos centrais do mundo implementaram cortes nas taxas de juros de forma acelerada e em uma escala sem precedentes desde a crise financeira. O afrouxamento também se intensificou nos países em desenvolvimento. Nove dos bancos centrais que controlam as 10 moedas mais negociadas, incluindo o Federal Reserve e o Banco Central Europeu, reduziram suas taxas de referência.

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Essas instituições somaram 850 pontos-base em 32 cortes de juros ao longo do ano, o que representa o maior número de reduções desde 2008 e a maior magnitude desde 2009. Essa mudança de postura é um contraste significativo em relação a 2022 e 2023, quando as autoridades aumentaram as taxas para conter a inflação, impulsionada pela alta dos preços de energia após a invasão da Ucrânia pela Rússia.

Expectativas para 2026

O Japão se destacou como uma exceção, aumentando sua taxa de referência em duas ocasiões neste ano. Alguns analistas acreditam que 2026 poderá trazer uma mudança significativa, com uma nova postura de vários bancos centrais do G10, especialmente no Canadá e na Austrália, que podem sinalizar futuros aumentos nas taxas.

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James Rossiter, chefe de estratégia macro global da TD Securities, afirmou que o Banco Central Europeu deve aumentar as taxas no próximo ano, assim como os bancos centrais da Austrália e do Canadá. O Federal Reserve, por sua vez, enfrenta um cenário complexo com mudanças no mercado de trabalho e na dinâmica inflacionária.

Desaceleração do Afrouxamento

A desaceleração do afrouxamento ficou evidente nos dados de dezembro. Entre os nove bancos centrais que se reuniram, apenas o Fed e o Banco da Inglaterra cortaram as taxas, enquanto o Japão optou por um aumento. Nos países em desenvolvimento, os cortes continuaram a ser significativos e rápidos, com oito bancos centrais de uma amostra da Reuters realizando cortes de 350 pontos.

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Essas decisões elevaram o total de cortes em 2025 nas economias emergentes para 3.085 pontos, superando os 2.160 pontos registrados em 2024 e representando o maior esforço de flexibilização desde 2021.

Controle da Inflação

A inflação tem se mantido sob controle, superando até mesmo os mercados desenvolvidos, devido a uma abordagem proativa das autoridades monetárias, segundo Giulia Pellegrini, da Allianz Global Investors. Em contrapartida, os mercados emergentes registraram 625 pontos-base de aumentos desde o início do ano, menos da metade dos 1.450 pontos do aperto em 2024.

Analistas preveem que mais cortes podem ocorrer nas economias em desenvolvimento. Elina Theodorakopoulou, da Manulife Investment Management, destacou que muitos mercados emergentes ainda têm espaço para iniciar ciclos de cortes, citando o Brasil e a Hungria como exemplos.

Outros países podem continuar a estender seus ciclos de redução.

Autor(a):

Ambientalista desde sempre, Bianca Lemos se dedica a reportagens que inspiram mudanças e conscientizam sobre as questões ambientais. Com uma abordagem sensível e dados bem fundamentados, seus textos chamam a atenção para a urgência do cuidado com o planeta.

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