Correios lançam novo Programa de Demissão Voluntária e adiam nomeações de concurso público
Correios lançam Programa de Demissão Voluntária e postergam nomeações do concurso, visando reequilibrar suas finanças.
Crise nos Correios gera preocupação
Os Correios estão enfrentando uma das piores crises financeiras de sua história. Apesar de ter homologado o concurso público em abril, a estatal ainda não convocou os aprovados.
O novo presidente, Emmanoel Schmidt Rondon, anunciou a criação de um Programa de Demissão Voluntária (PDV) como parte de uma estratégia de reestruturação abrangente. Essa medida surge em meio a prejuízos superiores a R$ 4,3 bilhões acumulados nos primeiros meses de 2025.
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O objetivo do PDV é reduzir custos e equilibrar as contas antes de retomar as contratações.
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O que está previsto no PDV dos Correios
O plano de demissão voluntária deve ser implementado após um diagnóstico da força de trabalho, que identificará áreas com excesso de pessoal ou baixo desempenho operacional. Segundo o presidente, a intenção é ajustar o quadro funcional antes de contratar novos servidores aprovados no concurso.
Além do PDV, o plano de reestruturação inclui:
- Empréstimo de R$ 20 bilhões junto a instituições financeiras;
- Venda de imóveis sem uso estratégico;
- Renegociação de contratos com fornecedores;
- Diversificação de receitas, com foco em logística, serviços digitais e operações financeiras.
Essas medidas são consideradas essenciais pela direção da estatal para que os Correios voltem a ter lucro apenas em 2027.
Concurso dos Correios: situação dos aprovados
Apesar da homologação dos editais em abril de 2025, não há previsão oficial para as nomeações. Os concursos abrangeram cargos de nível médio e superior, com provas realizadas em dezembro de 2024.
Entre os cargos estão agentes de Correios, analistas, técnicos de segurança do trabalho e profissionais da área de saúde. A estatal informou que as convocações ocorrerão conforme a necessidade operacional e a disponibilidade orçamentária, respeitando a ordem de classificação.
O PDV não anula a validade do concurso, mas pode atrasar as nomeações até que a estatal consiga ajustar seu quadro e finanças. A estratégia é abrir espaço orçamentário com a saída voluntária de empregados atuais, para então realizar novas contratações.
O futuro dos Correios e o impacto público
A reestruturação da estatal acontece em um contexto de intensa modernização do setor logístico e crescente competição com empresas privadas. O sucesso do plano depende do equilíbrio entre cortes de custos e investimentos em inovação.
Enquanto isso, os candidatos aprovados enfrentam um impasse: o concurso continua válido, mas sem prazo para o início das nomeações. O PDV é, portanto, um passo estratégico e delicado para tentar salvar as finanças de uma das instituições mais tradicionais do Brasil.
Autor(a):
Ana Carolina Braga
Ana Carolina é engenheira de software e jornalista especializada em tecnologia. Ela traduz conceitos complexos em conteúdos acessíveis e instigantes. Ana também cobre tendências em startups, inteligência artificial e segurança cibernética, unindo seu amor pela escrita e pelo mundo digital.