Correios garantem empréstimo de R$ 12 bilhões para reestruturação e enfrentam dissídio coletivo que pode afetar serviços nas festas de fim de ano.
Os Correios firmaram um empréstimo de R$ 12 bilhões com cinco instituições financeiras, incluindo a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil. O objetivo é garantir financiamento para capital de giro e investimentos estratégicos. O acordo foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União no sábado (27), com a assinatura do contrato ocorrendo na sexta-feira (26) e validade até dezembro de 2040.
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O empréstimo será realizado por meio do pagamento da comissão de estruturação da operação de crédito, com garantias formalizadas em contrato entre os credores e a União.
No primeiro semestre, os Correios registraram um prejuízo de R$ 4,3 bilhões, valor três vezes maior que o resultado do mesmo período de 2024, quando o déficit foi de R$ 1,3 bilhão. Para enfrentar essa situação, a empresa apresentou um plano de reestruturação visando a estabilidade nos próximos 12 meses.
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Entre as ações propostas estão um programa de demissão voluntária, a remodelagem dos planos de saúde dos funcionários e a venda de imóveis. O Tesouro Nacional já havia aprovado uma operação de crédito de até R$ 12 bilhões, com taxa de juros de 115% do custo de captação, mas a estatal poderá utilizar apenas R$ 5,8 bilhões em 2025, correspondente ao déficit primário do ano.
O Tribunal Superior do Trabalho (TST) agendou uma sessão extraordinária para terça-feira (30) para julgar o dissídio coletivo entre os Correios e seus funcionários. Antes disso, uma nova rodada de negociações ocorrerá na segunda-feira (29) às 14h, com o intuito de evitar que o caso avance para a seção de dissídios coletivos.
O presidente do TST, ministro Vieira de Mello Filho, destacou que a greve dos Correios pode impactar significativamente a prestação de serviços durante as festas de fim de ano, quando a demanda aumenta. Em decisão liminar, foi determinado que 80% do efetivo da estatal deve permanecer em funcionamento em todo o país, com multa diária de R$ 100 mil em caso de descumprimento.
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Apaixonada por cinema, música e literatura, Júlia Mendes é formada em Jornalismo pela Universidade Federal de São Paulo. Com uma década de experiência, ela já entrevistou artistas de renome e cobriu grandes festivais internacionais. Quando não está escrevendo, Júlia é vista em mostras de cinema ou explorando novas bandas independentes.