Correios descarta privatização, mas busca parcerias estratégicas. Emmanoel Rondon revela planos de reestruturação e redução de despesas para 2025-2027.
Emmanoel Rondon, presidente dos Correios, declarou nesta segunda-feira (29) que a estatal não considera a privatização neste momento. No entanto, ele ressaltou a importância de avaliar parcerias com o setor privado, incluindo opções societárias.
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Rondon explicou que, embora não haja um foco na privatização, a empresa está aberta a colaborações. Ele citou exemplos de sociedades de economia mista que têm funcionado bem, além de parcerias específicas em áreas relevantes, como negócios financeiros e seguros.
A estatal está em busca de um financiamento que conta com a garantia do Tesouro Nacional. Isso significa que, caso a empresa não consiga pagar a dívida, a União assumirá essa responsabilidade, o que diminui o risco para as instituições financeiras e pode resultar em juros mais baixos.
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A estratégia de reestruturação dos Correios prevê a captação de até R$ 20 bilhões. Com o empréstimo já contratado, ainda restam cerca de R$ 8 bilhões para atingir o valor necessário. A decisão sobre um possível aporte do Tesouro ou uma nova rodada de empréstimos deve ser tomada em 2026, conforme informado por Rondon em coletiva de imprensa.
O plano de reestruturação para o período de 2025 a 2027 inclui uma redução anual de R$ 4,2 bilhões em despesas, um aumento de receitas estimado em R$ 1,7 bilhão e a geração de R$ 1,5 bilhão com a venda de imóveis. A empresa também espera economizar R$ 2,1 bilhões anualmente com a otimização do quadro de funcionários e a gestão de benefícios.
Para alcançar esses objetivos, os Correios implementarão um programa de demissão voluntária para até 15 mil empregados, além de revisar cargos de média e alta remuneração e reavaliar os planos de saúde e previdência. Os efeitos dessas medidas devem começar a ser sentidos em 2028.
A estatal também planeja fechar cerca de mil unidades, o que deve resultar em uma economia adicional de R$ 2,1 bilhões por ano. Juntas, essas iniciativas devem gerar um impacto positivo de R$ 7,4 bilhões anuais no caixa da empresa.
Autor(a):
Apaixonada por cinema, música e literatura, Júlia Mendes é formada em Jornalismo pela Universidade Federal de São Paulo. Com uma década de experiência, ela já entrevistou artistas de renome e cobriu grandes festivais internacionais. Quando não está escrevendo, Júlia é vista em mostras de cinema ou explorando novas bandas independentes.