Clube Paranaense aprimorou o gerenciamento financeiro por meio de plataforma tecnológica.
O Coritiba implementou em 2023 um processo de reestruturação, convertendo-se em Sociedade Anônima do Futebol (SAF). A partir daí, o clube paranaense promoveu uma significativa transformação interna, que o estabeleceu como uma referência em gestão financeira no cenário esportivo nacional.
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Antes da implementação da SAF, as finanças do Coxa funcionavam de maneira analógica, com centenas de processos sendo aprovados manualmente e grandes volumes de papel acumulados em armários. “As faturas dos cartões corporativos abrangiam desde almoços em postos de gasolina até despesas sem relação com a operação. Não existia política de viagens nem consolidação de dados”, declarou Pedro Menezes, gerente de Suprimentos e Negócio do Coritiba.
Após a mudança para o modelo clube-empresa, a equipe eliminou todos os cartões corporativos, implementou uma plataforma digital de controle financeiro e redefiniu os processos internos. A área de viagens, uma das mais críticas no futebol, passou a funcionar com uma nova metodologia. Anteriormente, as passagens e hospedagens eram solicitadas em cima da hora, o que aumentava os gastos. Atualmente, 70% das viagens são agendadas com pelo menos dez dias de antecedência.
A modernização do futebol brasileiro vai além do campo. A pressão por eficiência é enorme. Não há mais espaço para uma organização que move centenas de milhões de reais operando com processos que não seriam aceitáveis nem em pequenas empresas. Profissionalizar a gestão deixou de ser diferencial. É questão de sobrevivência, afirmou Menezes.
O modelo mais recente tornou-se referência no setor esportivo. Em sua implementação de um sistema parecido, diretores do Vasco da Gama procuraram o Coxa para compreender, na prática, como a tecnologia e a transformação de processos afetaram o clube.
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A mudança significativa ocorre quando a tecnologia deixa de ser um instrumento de controle e se torna parte da cultura de gestão. A transformação do futebol brasileiro não é apenas em campo. A pressão por eficiência é enorme. Não há mais espaço para uma organização que move milhões de reais operando com processos que não seriam aceitáveis nem em pequenas empresas. Profissionalizar a gestão deixou de ser diferencial. Trata-se de sobrevivência, explicou Pedro Góes, CEO da “Paytrack”, empresa escolhida pelo Coritiba para realizar o seu controle financeiro.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Gabriel é economista e jornalista, trazendo análises claras sobre mercados financeiros, empreendedorismo e políticas econômicas. Sua habilidade de prever tendências e explicar dados complexos o torna referência para quem busca entender o mundo dos negócios.