O Corinthians pode ter que pagar R$ 29,6 milhões em multas rescisórias decorrentes de aditivos contratuais firmados pelo ex-presidente Augusto Melo com o grupo RF Segurança e Serviços, conforme dados divulgados pelo site Gazeta Esportiva no sábado (21.jun.2025).
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Os documentos, datados de 8 de maio de 2025, prorrogavam os contratos de prestação de serviços até 2030 e alteravam significativamente as cláusulas de rescisão, sem a aprovação do departamento jurídico do clube.
A administração do clube, sob a liderança de Osmar Stabile, identificou os aditivos após a saída de Augusto Melo, ocorrida em 26 de maio. Os documentos modificaram as cláusulas dos contratos originais, que estavam em vigor desde junho de 2024.
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Foram aplicados dois ajustes em dois dos três contratos em vigor com a empresa responsável pelos serviços de segurança e limpeza no Parque São Jorge. O terceiro ajuste, relacionado aos serviços na Neo Química Arena, não se concretizou devido à necessidade de concordância da FII (Arena Fundo de Investimento Imobiliário).
Os documentos foram assinados fisicamente, sem utilização da plataforma oficial do clube para arquivamento digital, e não passaram pela análise do departamento jurídico e do setor de compliance do Corinthians.
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A administração ficou ciente dos aditivos após a empresa RF enviar notas fiscais com valores atualizados para pagamento, em 27 de maio, um dia após a saída de Augusto Melo. Ao ser questionada sobre os valores, a empresa apresentou os aditivos já assinados pelo ex-presidente.
Os contratos originais previavam condições mais vantajosas para o Corinthians. No caso dos serviços no Parque São Jorge, tanto para segurança quanto para limpeza, o vínculo se estendia até 31 de dezembro de 2026, com multa de apenas um mês de remuneração em caso de rescisão. O contrato para a Neo Química Arena não possuía prazo determinado nem previsão de multa.
O Corinthians instaurou uma apuração interna e revisão contratual, que incluirá não apenas este contrato específico, mas todos os que apresentem indícios de irregularidade.
Fonte por: Poder 360