O Ministério da Defesa informou que as autoridades sul-coreanas iniciaram nesta segunda-feira (4) a remoção dos alto-falantes que transmitiam mensagens contra a Coreia do Norte ao longo da fronteira do país.
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Essa ação ocorre enquanto o novo governo do presidente Lee Jae Myung busca amenizar as tensões com Pyongyang.
Pouco após assumir o poder em junho, o governo de Lee interrompeu as transmissões de propaganda que criticavam o regime norte-coreano, visando retomar o diálogo paralisado com o vizinho.
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A Coreia do Norte recusou recentemente as propostas e declarou não ter interesse em dialogar com o país vizinho.
A suspensão dos alto-falantes pela Coreia do Sul, a partir de segunda-feira (4), é apenas uma medida prática para amenizar as tensões entre o Sul e o Norte, segundo o ministério em comunicado.
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Fotografias divulgadas pelo Ministério da Defesa mostram soldados desmantelando alto-falantes, que estavam dispostos em conjunto como uma barreira, e removendo-os.
Após o fim da Guerra da Coreia em 1953, mediante um cessar-fogo, os países continuaram tecnicamente em guerra, e as relações se deterioraram nos anos recentes.
A veiculação de mensagens por meio de áudio através da fronteira tem sido utilizada por ambos os lados, à medida que as relações entre a Coreia do Sul e a Coreia do Norte oscilavam ao longo dos anos.
Em 2018, o então presidente Moon Jae-in desmantelou os alto-falantes, após o governo concordar em cessar qualquer ação hostil que pudesse gerar tensões militares.
Em 2023, o ex-líder conservador Yoon Suk Yeol retomou as transmissões de propaganda e a reprodução de músicas K-pop como resposta ao envio de balões contendo resíduos para a Coreia do Sul, em um contexto de crescente tensão.
Após Seul ter interrompido as transmissões por alto-falantes em junho deste ano, a Coreia do Norte também parece ter cessado os áudios que perturbavam os moradores da fronteira sul-coreana, conforme relatam autoridades.
Kim Yo Jong, irmã do líder norte-coreano Kim Jong Un, afirmou recentemente que a decisão da Coreia do Sul de interromper as transmissões “não foi um ato digno de elogio”.
Fonte por: CNN Brasil
