Copom tem nova cara! Renatos e Diogo deixam o Banco Central e Lula assume maioria no Copom. Decisões sobre a Selic agora sob o governo Lula.
O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) passou por mudanças significativas no início de 2026. Os diretores Renato Dias de Brito Gomes, responsável pela Organização do Sistema Financeiro e Resolução, e Diogo Abry Guillen, que atuava na Política Econômica, não participarão das reuniões do Copom a partir de janeiro.
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Seus mandatos terminavam no final de 2025, e a nomeação de substitutos ainda não havia sido concluída pelo governo Lula.
A composição da reunião do Copom será definida por sete membros: o presidente, Gabriel Galípolo, e os demais diretores indicados pelo governo. O processo de escolha dos novos diretores envolverá a indicação de dois nomes pelo ex-presidente, que passarão por sabatina e votação na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e no plenário do Senado.
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O envio dos nomes ao Congresso está previsto para 2026, conforme informado pelo ministro da Fazenda. Os diretores que deixarão o cargo poderão permanecer na diretoria do Banco Central até dezembro de 2029, independentemente do momento da nomeação de seus sucessores.
O processo de nomeação de diretores do Banco Central tem apresentado atrasos no passado. A indicação de Gabriel Galípolo e Ailton Aquino, por exemplo, só foi encaminhada ao Senado três meses após a conclusão de seus mandatos. Em situações anteriores, diretores acumularam funções para aguardar a nomeação de seus substitutos.
Durante as oito reuniões do Copom em 2025, todas as decisões foram unânimes, mantendo a taxa Selic em patamares elevados. A taxa Selic acumulou um aumento de 12,25% para 15% ao longo do ano. As decisões refletiram críticas ao patamar de juros estabelecido pelo ex-presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que ocupou o cargo de fevereiro de 2019 a dezembro de 2024.
O governo Lula, que assumiu o poder em janeiro de 2025, agora detém a maioria das cadeiras do Copom, e as decisões do comitê continuam a refletir a política monetária estabelecida pelo novo governo.
Autor(a):
Fluente em quatro idiomas e com experiência em coberturas internacionais, Ricardo Tavares explora o impacto global dos principais acontecimentos. Ele já reportou diretamente de zonas de conflito e acompanha as relações diplomáticas de perto.