Copom eleva Selic para 15% em ata e prevê restrição por ‘longo período’

O Copom declarou em ata que a economia desacelera conforme previsto, contudo, a desancoragem das expectativas inflacionárias demanda uma política monetá…

23/09/2025 9:04

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(Imagem de reprodução da internet).

Banco Central Mantém Juros Altos por Longo Período

O Banco Central (BC) reafirmou sua postura de manter a taxa Selic em 15% ao ano por um “período bastante prolongado”, visando garantir a convergência da inflação à meta de 3%. Essa decisão foi divulgada na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).

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Apesar da desaceleração da economia, conforme esperado, e da queda da inflação nos últimos meses, o cenário ainda exige uma política monetária “contracionista” por um longo período. Os diretores destacaram que vetores inflacionários adversos, como a resiliência da atividade econômica e pressões no mercado de trabalho, continuam a exigir essa postura.

Desafios na Desinflação

A desancoragem das expectativas de inflação é um fator de desconforto comum a todos os membros do Copom, aumentando o custo da desinflação em termos de atividade econômica. As projeções do Focus, que preveem inflação em 4,83% para 2025, 4,29% para 2026, 3,90% para 2027 e 3,70% para 2028, estão distantes da meta de 3%.

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Fatores Externos e Projeções

Os diretores consideram que a convergência da inflação à meta se torna mais desafiadora com expectativas desancoradas para prazos mais longos. A ata menciona que leituras recentes da inflação mostram uma dinâmica mais benigna do que se previa, impulsionada por um câmbio mais apreciado e preços de bens industrializados e alimentos reduzidos. No entanto, a inflação de serviços tem se mantido “mais resiliente”.

Preocupações Externas e Projeções

O Comitê também expressou preocupação com as tarifas impostas pelo governo americano a outros países e o aumento de gastos fiscais nos EUA, fatores que incertezas no cenário externo. Além disso, a apreciação do câmbio, possivelmente relacionada ao diferencial de juros e à depreciação da moeda norte-americana, também foi discutida.

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Gabriel é economista e jornalista, trazendo análises claras sobre mercados financeiros, empreendedorismo e políticas econômicas. Sua habilidade de prever tendências e explicar dados complexos o torna referência para quem busca entender o mundo dos negócios.