COP30 em Belém: Críticas, Contradições e Frustração na 30ª Conferência Climática Global

A COP30: Uma Conferência Marcada por Problemas e Contradições

A 30ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima (COP30) chegou ao fim em Belém, no Pará, em 22 de novembro de 2025. O evento, que deveria ser um marco na luta contra as mudanças climáticas, foi marcado por uma série de contradições e problemas logísticos, que geraram críticas e frustrações entre os participantes.

A cúpula, denominada “Mutirão Global”, esperava resultar em avanços significativos, mas a realidade foi bem diferente.

Problemas Logísticos e Ausências de Líderes

Desde o início, a organização da COP30 enfrentou desafios. Os altos preços para reservas de hospedagem em Belém, com diárias que chegavam a 10 vezes o valor normal, causaram críticas e levaram alguns países a pedir a transferência da conferência.

Apesar da insistência do governo brasileiro em manter a cúpula na capital paraense, muitos líderes globais não compareceram, o que reduziu a participação de chefes de Estado e governo em comparação com as quatro COP anteriores.

Soluções Contraditórias e Custos Elevados

Para lidar com a falta de quartos de hotéis, o governo brasileiro contratou dois navios de cruzeiro por R$ 71,7 milhões e 450 cabines por R$ 26,3 milhões, além de 400 cabines para a delegação brasileira por R$ 45,4 milhões. Essa medida, que visava contornar a crise de hospedagem, gerou questionamentos sobre a utilização de recursos públicos e a busca por soluções alternativas.

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A primeira-dama, Janja Lula da Silva, também se destacou na cúpula, mas com uma gafe em uma entrevista, ao usar a palavra “atoras” em vez de “atores”.

Incêndios, Problemas Estruturais e Críticas Internacionais

Durante a COP30, diversos problemas surgiram, como um incêndio na Zona Azul, um incêndio que atingiu a área de pavilhões de países da Zona Azul da COP30, um corredor do centro de mídia foi inundado pela chuva, um homem e uma mulher, turistas estrangeiros, caíram em um bueiro sem tampa na praia da Brasília, e a falta de água e energia em diversos momentos.

O chanceler da Alemanha, Friedrich Merz, criticou o desconforto de Belém, e a fotógrafa da ONU, Kiara Worth, descreveu a COP30 como “bíblica” devido às dificuldades enfrentadas pelos participantes.

Falta de Resultados e Frustração

No final, a COP30 não conseguiu produzir um texto final com um prazo para o fim do uso de combustíveis fósseis e para o desmatamento. Os governos, cientistas e representantes de organizações ficaram frustrados com a falta de resultados. As negociações diplomáticas foram tensas nos últimos dias, e o governo brasileiro tentou incluir a palavra “mutirão” no texto, mas a dificuldade de pronúncia em outras línguas impediu a sua adoção.

A COP30, apesar de todos os problemas, chegou ao fim em 22 de novembro de 2025.