COP30 em Belém: Brasil busca liderar aliança global no mercado de carbono para combater mudanças climáticas

O mercado de carbono será destaque na COP30 em Belém, com o Brasil buscando liderar uma aliança internacional para combater as mudanças climáticas.

05/11/2025 8:20

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(Imagem de reprodução da internet).

Mercado de Carbono na COP30 em Belém

O mercado de carbono será um dos principais tópicos discutidos na COP30, que ocorrerá em Belém. O Brasil busca liderar a formação de uma aliança internacional para integrar diferentes sistemas de créditos de carbono, promovendo a cooperação entre nações no enfrentamento das mudanças climáticas.

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Esse mecanismo é visto como uma das estratégias globais mais eficazes para incentivar empresas e governos a diminuírem as emissões de gases de efeito estufa (GEE). Na prática, ele transforma a redução dessas emissões em um ativo econômico, estabelecendo um sistema de compra e venda de créditos.

Criação e Funcionamento do Mercado de Carbono

Conforme o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia, os sistemas foram desenvolvidos para comercializar créditos, cotas e permissões entre diferentes atores globais, seja de forma voluntária ou regulada. Isso permite que o esforço de mitigação seja compartilhado entre os setores público e privado.

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O mercado de carbono teve sua origem com o Protocolo de Quioto, que foi assinado no contexto da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC). A partir desse acordo, surgiram mecanismos de cooperação, como o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) e a Implementação Conjunta (IC).

Funcionamento dos Créditos de Carbono

O MDL possibilita que países desenvolvidos financiem projetos de redução de emissões em nações em desenvolvimento, enquanto a IC promove ações diretas de mitigação entre países com metas já estabelecidas. Por convenção, uma tonelada de dióxido de carbono equivalente (CO₂e) é igual a um crédito de carbono.

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Esses créditos podem ser gerados por diversas atividades, desde que sejam auditadas e certificadas de acordo com padrões internacionais. O professor titular da Universidade de São Paulo (USP) e analista de clima e meio ambiente da CNN Brasil explica que, apesar de parecer complexo, o conceito é simples: “Quem polui, paga; quem preserva, ganha”.

Exemplos e Expectativas para a COP30

Ele exemplifica que uma indústria europeia que precisa reduzir suas emissões pode adquirir créditos que financiam o reflorestamento de áreas degradadas. “A floresta sequestra o CO₂ que a empresa deveria deixar de emitir, evitando que o excesso se acumule na atmosfera”, afirma o especialista.

Na COP30, o foco deve ser a conexão entre mercados internacionais e a criação de regras comuns que garantam transparência e credibilidade no sistema de créditos de carbono.

Autor(a):

Com formação em Jornalismo e especialização em Saúde Pública, Lara Campos é a voz por trás de matérias que descomplicam temas médicos e promovem o bem-estar. Ela colabora com especialistas para garantir informações confiáveis e práticas para os leitores.