Contratos Futuros de Ouro e Prata Fecham em Queda com Expectativas de Juros nos EUA

Contratos futuros de ouro e prata caem nesta terça-feira (2), com investidores atentos à política monetária dos EUA e expectativas de cortes de juros.

02/12/2025 18:15

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(Imagem de reprodução da internet).

Contratos Futuros de Ouro e Prata Fecham em Queda

Os contratos futuros de ouro e prata apresentaram queda nesta terça-feira (2), após ajustes em relação às recentes máximas. O mercado continua atento a novos indícios sobre a política monetária dos Estados Unidos. Os investidores estão monitorando a volatilidade provocada pelas expectativas de cortes de juros na próxima semana pelo Federal Reserve e pela fraqueza do dólar, fatores que impulsionaram o rali do dia anterior.

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Na Comex, a divisão de metais da Nymex, o ouro para fevereiro encerrou com uma queda de 1,26%, cotado a US$ 4.220,80 por onça-troy. A prata para março também recuou, com uma desvalorização de 0,74%, fechando a US$ 58,703 por onça-troy, após ter alcançado um recorde na sessão anterior.

Perspectivas para a Prata

O banco Julius Baer destacou que a prata, que já acumulava uma alta superior a 20% desde o início de novembro, poderia dobrar de valor pela primeira vez desde 1979. Isso reflete o forte apetite por metais relacionados à transição energética e ao cenário de juros mais baixos.

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No entanto, Carsten Menke, chefe de pesquisa do banco, observou que a recente alta foi “rápida demais”.

Menke ressaltou que o impulso da indústria solar está perdendo força e que a reação às expectativas de cortes de juros nos EUA parece ser “desproporcional”. Ele também mencionou que a inclusão da prata na lista de minerais críticos dos EUA aumenta a percepção de risco de oferta, mas não altera imediatamente a dinâmica de demanda.

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Por essa razão, a visão do banco foi rebaixada para neutra, embora as projeções para três e 12 meses tenham sido elevadas para US$ 56 a onça.

Expectativas para o Ouro

Em relação ao ouro, a TD Securities avaliou que não há indícios de uma mudança brusca no curto prazo. A instituição projetou um novo recorde trimestral de US$ 4.400 nos primeiros seis meses de 2026, sustentado pela redução nos custos de carregamento, uma possível inclinação da curva de juros e incertezas sobre a independência do Fed no futuro.

Gabriel é economista e jornalista, trazendo análises claras sobre mercados financeiros, empreendedorismo e políticas econômicas. Sua habilidade de prever tendências e explicar dados complexos o torna referência para quem busca entender o mundo dos negócios.