Contato Lula-Trump: momento ainda exige cautela, avalia especialista

O presidente dos Estados Unidos mencionou a viabilidade de dialogar com Lula.

02/08/2025 3:33

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(Imagem de reprodução da internet).

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou na última sexta-feira (1º) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pode entrar em contato com ele “a qualquer momento” para tratar de tarifas e outros desentendimentos entre os países.

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Trump declarou em coletiva na Casa Branca: “Ele pode falar comigo quando quiser. Vamos ver o que acontece, eu amo o povo brasileiro” e acrescentou que “as pessoas que governam o Brasil fizeram a coisa errada”.

Após o gesto do norte-americano, Lula afirmou que sempre esteve disponível ao diálogo.

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As declarações ocorrem em meio a um momento de tensão na relação entre os dois países. Na quarta-feira (30), Trump assinou uma ordem executiva que impõe uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, alegando práticas do governo Lula que prejudicariam empresas americanas, violariam a liberdade de expressão e afetariam interesses estratégicos dos EUA.

Antes das declarações de Donald Trump, assessores do presidente Lula já mencionavam a possibilidade de um encontro entre os dois, durante a Assembleia Geral da ONU, que se realiza em Nova York na segunda semana de setembro.

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É um encontro que demandaria preparativos, organização minuciosa e disposição de ambos. Por enquanto, é apenas uma hipótese admitida pelo Palácio do Planalto — não algo já sendo efetivamente montado.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou que “a reciprocidade é verdadeira” em relação à sinalização do presidente dos Estados Unidos na abertura de diálogo com o governo brasileiro para discutir as tarifas.

Haddad também declarou que realizará uma nova reunião com o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, e que o Brasil não desistirá da mesa de negociações com os Estados Unidos caso as tarifas de 50% sobre produtos brasileiros sejam implementadas na próxima semana.

Para o cientista político André César, o momento ainda é de cautela. “Sempre há riscos dada a personalidade do Trump, que nós sabemos que é uma figura imprevisível. A todo momento ele está mudando, e por vezes de uma maneira mais incisiva, como vimos com o Zelensky [presidente da Ucrânia] e com o presidente da África do Sul, por exemplo. Então é algo de risco.”

Para ele, trata-se de uma indicação de que pode haver algo mais substancial. “O que é importante, porque existem setores que ainda estão muito preocupados, são muito relevantes tanto para a economia brasileira, quanto para a questão dos Estados Unidos, café e carne”, explica.

Fonte por: CNN Brasil

Autor(a):

Ex-jogador de futebol profissional, Pedro Santana trocou os campos pela redação. Hoje, ele escreve análises detalhadas e bastidores de esportes, com um olhar único de quem já viveu o outro lado. Seus textos envolvem os leitores e criam discussões apaixonadas entre fãs.