Consumidores chineses denunciam Apple por monopólio no iOS e restrições na App Store

Reclamação de 55 usuários à agência reguladora aponta que a Apple infringe a lei antimonopólio com suas restrições na App Store.

21/10/2025 9:42

1 min de leitura

(Imagem de reprodução da internet).

Usuários Chineses Processam Apple por Abuso de Posição Dominante

Um grupo de 55 usuários de iPhone e iPad na China protocolou uma reclamação formal na segunda-feira (20.out.2025) contra a Apple junto à Administração Estatal para Regulação de Mercado. Os reclamantes alegam que a empresa norte-americana abusa de sua posição dominante no setor.

De acordo com informações da agência Reuters, a queixa aponta três principais violações da Lei Antimonopólio da China. As acusações incluem a obrigatoriedade de compra de produtos digitais exclusivamente pelo sistema de compras integradas da Apple, a limitação do download de aplicativos iOS apenas à App Store e a cobrança de comissões que podem chegar a 30% sobre compras realizadas nos aplicativos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Argumentos dos Consumidores

Os consumidores sustentam que a Apple exerce um monopólio na distribuição de aplicativos para o sistema operacional iOS na China, enquanto em outros mercados internacionais permite métodos alternativos de pagamento e lojas de aplicativos.

Leia também:

O advogado Wang Qiongfei representa o grupo de reclamantes e está apelando da decisão anterior à Suprema Corte Popular da China. O tribunal analisou os argumentos do recurso em dezembro, mas ainda não divulgou uma decisão.

Legislação e Implicações

Conforme a legislação chinesa, o caso pode ser classificado como uma violação da Lei Antimonopólio da República Popular da China, que foi promulgada em agosto de 2007. Entre os pontos abordados na lei, estão a proibição de práticas que forcem o consumidor a realizar transações exclusivas ou restritivas, além do abuso da “posição dominante” no mercado, um argumento utilizado por Wang na defesa da ação.

Gabriel é economista e jornalista, trazendo análises claras sobre mercados financeiros, empreendedorismo e políticas econômicas. Sua habilidade de prever tendências e explicar dados complexos o torna referência para quem busca entender o mundo dos negócios.