Consultoria revela que Gás do Povo demandará R$ 1,3 bi de fornecedoras até 2026

Crescimento do mercado pode chegar a 4% até março de 2026, com a expectativa do governo de que a iniciativa funcione plenamente, comparado aos 395 milhões de bo…

26/10/2025 17:30

2 min de leitura

(Imagem de reprodução da internet).

Programa Gás do Povo pode exigir investimentos significativos

O programa Gás do Povo, lançado pelo governo federal para substituir o Auxílio Gás e aumentar o acesso ao gás de cozinha para a população de baixa renda, pode necessitar de investimentos de até R$ 1,3 bilhão das distribuidoras de GLP (Gás Liquefeito de Petróleo). Essa informação é de um estudo da consultoria Kearney, obtido pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Os dados indicam um crescimento estimado do mercado de até 4% até março de 2026, quando o governo espera que o programa esteja plenamente operacional. Atualmente, são vendidos 395 milhões de botijões por ano. A expectativa é que a comercialização aumente entre nove e 17 milhões de botijões anuais, embora isso não signifique que esse seja o número de novos vasilhames a serem adquiridos, já que cada botijão é utilizado em média três vezes ao ano.

Estimativas de novos repositórios

Com essa projeção, o número adicional de novos repositórios deve variar entre três milhões e seis milhões, conforme a consultoria. Os cálculos consideram que o programa subsidiará a compra de gás de cozinha para mais de 15 milhões de famílias cadastradas no CadÚnico, beneficiando cerca de 50 milhões de brasileiros. A demanda total deve alcançar 65 milhões de botijões, somando a demanda existente e a adicional.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

André Volker, sócio da Kearney responsável pelo estudo, destaca que esse crescimento é significativo. O mercado e o governo discutem a questão há um ano, mesmo durante a formulação do novo programa. “Algumas empresas já estão cotando a importação de botijões da Turquia e da China, além de se prepararem para aumentar a produção interna no Brasil”, afirmou, referindo-se ao mercado que conta com cerca de cinco fornecedores.

Expectativas para o futuro do programa

Apesar do prazo curto, Volker acredita que o sucesso da iniciativa é do interesse do setor, que busca atender à demanda adicional, assim como do governo, que deseja que o programa seja bem-sucedido. No entanto, ele observa que, caso não haja mudanças significativas no número de famílias habilitadas no CadÚnico após a ampliação inicial, o mercado deve se ajustar a esse novo formato.

Leia também:

Autor(a):

Ambientalista desde sempre, Bianca Lemos se dedica a reportagens que inspiram mudanças e conscientizam sobre as questões ambientais. Com uma abordagem sensível e dados bem fundamentados, seus textos chamam a atenção para a urgência do cuidado com o planeta.