Alterar a escola de um aluno no meio do ano não é uma decisão fácil. Além de envolver aspectos emocionais e práticos, o processo demanda uma análise cuidadosa da nova instituição para assegurar que ela responda às necessidades educacionais e socioemocionais da criança.

A substituição pode parecer a solução adequada em situações de insatisfação. Contudo, especialistas aconselham prudência: é essencial avaliar o perfil pedagógico da instituição, a linha de ensino e o apoio fornecido aos estudantes durante a transição.

Para auxiliar na definição da melhor decisão:

Desenvolvimento pedagógico

Leia também:

É possível obter o diploma em formato digital? É possível visualizá-lo no aparelho celular? Compreenda o diploma eletrônico

Secretaria de Estado anuncia que irá recorrer da decisão judicial

“Enem dos Professores”: entenda quem tem direito a realizar a prova

É fundamental examinar o projeto pedagógico e compreender as metodologias de ensino utilizadas, bem como verificar a integração da escola à BNCC no currículo e os aspectos que se destacam na formação dos estudantes ao longo de toda a trajetória escolar.

Infraestrutura e segurança.

As famílias devem conhecer as instalações para verificar se os espaços possuem estrutura e mobiliário adequados, se são bem organizados e mantidos em boas condições de conservação. Isso compreende a análise de laboratórios, bibliotecas, áreas de lazer e pátios, assegurando que oferecem condições adequadas de higiene e segurança.

Utilização de tecnologia.

Para Christina Sabadell, Chefe das Escolas Premium do Grupo SEB, a adoção de ferramentas digitais deve ser feita de maneira crítica no Ensino Fundamental. “As escolas precisam estabelecer diretrizes claras, promover o uso seguro e ético e assegurar que os recursos digitais estejam integrados aos objetivos de aprendizagem”, alerta.

Já na fase do Ensino Médio, a relação demanda responsabilidade, discernimento e autonomia. Escolas que se destacam nesse campo costumam trabalhar a educação midiática, incentivar a reflexão sobre o uso das redes e incorporar ferramentas que ampliem a capacidade de análise e expressão dos estudantes, comenta Christina.

Qualificação do corpo docente

Conheça a formação e a experiência dos professores. Uma equipe com pós-graduação, capacitação contínua e alinhamento às melhores práticas pedagógicas assegura aulas mais dinâmicas e atualizadas.

Atividades complementares e atenção às dimensões socioafetivas.

Além das disciplinas comuns, os pais podem verificar se a escola oferece atividades como oficinas de artes, esportes, música e, sobretudo, programas de desenvolvimento socioemocional, com uma equipe de professores que considera o olhar individualizado. A infância é uma fase delicada para a construção da identidade emocional. “Cabe observar se o projeto pedagógico inclui práticas que incentivem o diálogo, a empatia e o reconhecimento das emoções, com espaço para os alunos aprenderem a lidar com frustrações e a se relacionar de maneira saudável”, declara Christina Sabadell.

A regulação emocional é importante para os estudantes do Ensino Médio, que, em face das exigências acadêmicas e das decisões sobre o futuro, vivenciam fases de intensas transformações e precisam de suporte emocional adequado, acompanhamento personalizado e métodos que promovam o equilíbrio entre o desempenho e a saúde mental.

Avaliação do estudante

É fundamental incluir o filho na decisão: leve-o para conhecer a escola, apresente os professores e os ambientes e considere suas opiniões. Isso fortalece o sentimento de pertencimento e simplifica a adaptação ao novo local. Quando a criança se sente ouvida, ela desenvolve autonomia e vai à escola com motivação, o que se reflete em sua conduta e desempenho, afirma Elisete Elisete Prado, coordenadora geral do colégio Progresso Bilíngue, em Itu (SP).

Preparação para o Ensino Médio

Na Educação Médio, a decisão ocorre em instituições que combinam bom desempenho escolar com a preparação para os desafios da vida adulta. Isso compreende, além de resultados positivos em vestibulares e certificações internacionais, programas de orientação vocacional, incentivo ao pensamento crítico, ao protagonismo juvenil e caminhos individualizados que considerem os interesses de cada aluno. O apoio emocional também é fundamental nesta fase de tantas escolhas e mudanças.

Brasil conquista quatro escolas entre as dez melhores do mundo.

Fonte por: CNN Brasil