Considerar deslocamento de palestinos como voluntário é “absurdo”, afirma Egito

O ministro das Relações Exteriores manifestou críticas à atuação de Israel na Faixa de Gaza e ao atraso na obtenção de um cessar-fogo.

06/09/2025 11:50

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Considerar deslocamento de palestinos como voluntário é “absurdo”, afirma Egito
(Imagem de reprodução da internet).

O ministro das Relações Exteriores egípcio, Badr Abdelatty, declarou neste sábado (6) que caracterizar o deslocamento de palestinos em Gaza como voluntário é um “absurdo”. O Egito é um mediador essencial nos esforços para finalizar a guerra.

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Israel determinou que os residentes da cidade de Gaza se deslocassem para o sul do território, conforme as tropas avançavam na maior área urbana da Faixa de Gaza.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, defendeu a possibilidade de que os palestinos de Gaza possam sair voluntariamente do território e propôs que outros países os acolhessem.

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A fome causada pelo ser humano (em Gaza) visa expulsar os moradores de suas terras. É um absurdo afirmar que se trata de deslocamento voluntário”, declarou Abdelatty em uma coletiva de imprensa conjunta com o comissário-geral da agência da ONU para refugiados palestinos, Philippe Lazzarini.

O ministro egípcio afirmou ainda que conversou com o enviado especial dos EUA, Steve Witkoff, na sexta-feira (5) e abordou a intensificação dos esforços para implementar uma proposta de cessar-fogo.

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O Irã acusou Israel de atrasar a concretização de um acordo de cessar-fogo, após o Hamas ter aceitado, em agosto, uma proposta de 60 dias com o país, que previa a devolução de 50% dos reféns detidos em Gaza e a libertação de prisioneiros palestinos presos por Israel.

Uma fonte egípcia oficial afirmou que a proposta aceita pelo Hamas contemplava a suspensão das atividades militares israelenses por um período de 60 dias e estabelecia um plano para o encerramento do conflito de longa duração.

Dias depois, Netanyahu afirmou que Israel retomaria imediatamente as negociações para a libertação de todos os reféns mantidos em Gaza e o encerramento da guerra, contudo, sob condições aceitáveis para Israel.

Fonte por: CNN Brasil

Gabriel é economista e jornalista, trazendo análises claras sobre mercados financeiros, empreendedorismo e políticas econômicas. Sua habilidade de prever tendências e explicar dados complexos o torna referência para quem busca entender o mundo dos negócios.