Conflito entre Irã e Israel não deve gerar nova onda de refugiados, adverte a ONU
A Organização das Nações Unidas solicitou uma desescalada imediata após ataques israelenses que atingiram instalações militares e nucleares da República Islâmica, resultando na morte de militares, cientistas e civis.

O conflito entre Irã e Israel não deve gerar uma nova crise de refugiados no Oriente Médio, alertou a ONU (21) neste sábado, que solicitou uma desescalada urgente do combate. Israel lançou, em 13 de junho, uma extensa campanha de ataques aéreos contra o Irã com o propósito de impedir que seu principal adversário desenvolvesse a arma nuclear, uma alegação que Teerã rejeita. Os bombardeios israelenses atingiram centenas de instalações militares e nucleares na República Islâmica, ceifando a vida de diversos altos cargos das forças de segurança e cientistas envolvidos no programa nuclear.
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O Irã respondeu com lançamentos de mísseis e drones contra Israel. A Agência da ONU para os Refugiados (Acnur) apontou que a intensidade dos ataques já desencadeou movimentos populacionais em ambos os países. Foram relatados movimentos de pessoas na capital iraniana, Teerã, e em outras partes do país, enquanto grupos de pessoas cruzaram a fronteira para países vizinhos.
Em Israel, os bombardeios causaram deslocamentos internos e, em certos casos, para o exterior. “Esta região já suportou o suficiente de guerras, perdas e deslocamentos. Não podemos permitir que outra crise de refugiados se estabeleça”, declarou Filippo Grandi, alto comissário das Nações Unidas para os refugiados. “É hora de acalmar a situação. Uma vez que as pessoas são forçadas a fugir, não há um retorno rápido; e com demasiada frequência, as consequências duram gerações”.
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O Irã é o país que mais acolhe refugiados no mundo, aproximadamente 3,5 milhões, a maioria proveniente do Afeganistão. Se o conflito continuar, esses refugiados também enfrentarão maiores dificuldades, acrescentou o Acnur. A agência pediu uma desescalada urgente do conflito e instou os países da região a respeitar o direito das pessoas de buscar segurança.
A guerra, que neste sábado completa nove dias, já causou mais de 400 mortos e mais de 3.000 feridos no Irã, de acordo com o último balanço do Ministério da Saúde do país. Os ataques de retaliação iranianos resultaram em pelo menos 25 mortos em Israel, segundo as autoridades locais.
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Com informações da AFP.
Fonte por: Jovem Pan
Autor(a):
Marcos Oliveira
Marcos Oliveira é um veterano na cobertura política, com mais de 15 anos de atuação em veículos renomados. Formado pela Universidade de Brasília, ele se especializou em análise política e jornalismo investigativo. Marcos é reconhecido por suas reportagens incisivas e comprometidas com a verdade.