Confiança Industrial Brasileira Cai em Queda Drástica em 2025 – FGV Ibre

Queda na Confiança Industrial Brasileira Registra Sétimo Mês de Declínio

A confiança da indústria brasileira apresentou uma redução de 7% em 2025, conforme revelado pela Sondagem da Indústria do FGV Ibre, divulgada na quarta-feira, 29 de outubro de 2025. O Índice de Confiança da Indústria (ICI) atingiu 89,8 pontos, o menor nível desde o início da pandemia.

O recuo reflete um cenário de desaceleração da atividade industrial e um sentimento pessimista entre os empresários do setor.

A análise do FGV Ibre indica que o quadro adverso da indústria se intensificou no segundo semestre do ano. A principal preocupação reside no elevado nível de estoques, que permanece acima do ideal em diversos segmentos. Segundo Stéfano Pacini, economista do FGV Ibre, a indústria ainda não demonstra sinais de recuperação da demanda, apesar da redução da incerteza e do mercado de trabalho.

O Índice da Situação Atual (ISA) diminuiu 0,8 ponto, atingindo 94,2 pontos, e o Índice de Expectativas (IE) recuou 0,7 ponto, chegando a 85,4 pontos – o menor patamar desde junho de 2020. Sete dos dezenove segmentos pesquisados registraram uma retração na confiança.

O componente de maior influência negativa foi a avaliação da situação atual dos negócios, que caiu 2 pontos. O indicador de estoques alcançou 106,4 pontos, indicando um excesso de produtos prontos, o maior nível desde novembro de 2023. Adicionalmente, o nível de utilização da capacidade instalada diminuiu 0,7 ponto percentual, para 81,9%.

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A cautela se estende a todas as categorias industriais, com destaque para os produtores de bens duráveis, que são mais afetados pela política monetária restritiva. Os indicadores de produção prevista e otimismo para os próximos seis meses também apresentaram declínio, enquanto as expectativas de emprego permaneceram estáveis.

Os dados da pesquisa, coletados entre 1º e 24 de outubro, refletem um setor industrial que mantém uma postura prudente diante de um cenário macroeconômico complexo, sem evidências claras de reativação da demanda no final de 2025.