Comunidades indígenas solicitam proteção para parque que receberá as Olimpíadas de 2032

Associação propõe ao governo de Brisbane a proteção do Victoria Park, espaço que será destinado à construção de um estádio olímpico.

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(Imagem de reprodução da internet).

Um grupo representativo de dois povos indígenas de Brisbane protocolou nesta terça-feira (5) um pedido formal ao governo federal australiano para assegurar a proteção permanente do Victoria Park, local destinado a ser o estádio principal dos Jogos Olímpicos de 2032.

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Os povos Yagara e Magandjin solicitaram que o parque, denominado Barrambin por eles, seja reconhecido como uma área aborígene relevante e assegurado de forma permanente pela Lei de Proteção do Patrimônio dos Povos Aborígenes e das Ilhas do Estreito de Torres.

A anciã Gaja Kerry Charlton, em nome da Yagara Magandjin Aboriginal Corporation (YMAC), declarou que “Barrambin é uma terra viva, com vínculos sagrados, antigos e profundamente enraizados em nossos sistemas culturais e espirituais”.

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Charlton também manifestou surpresa e indignação em relação aos planos do governo estadual: “Foi um choque total quando a premiada anunciou o estádio… Eu imaginei que o parque estivesse protegido. Agora o governo quer destruí-lo. Estamos profundamente preocupados com a existência de árvores antigas, artefatos e ecossistemas essenciais. Pode haver até restos ancestrais enterrados ali.”

“Reafirmamos nosso compromisso com a proteção deste local”.

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Até o momento, tampouco o comitê organizador dos Jogos ou o gabinete do vice-premiador de Queensland, Jarrod Bleijie — responsável pelas obras olímpicas — se pronunciou sobre o pedido.

O projeto divulgado em março pelo premier de Queensland, David Crisafulli, contempla a construção de um estádio com capacidade para 63 mil pessoas, além da reforma da piscina Centenary Pool no parque, que se transformará em um centro aquático para 25 mil espectadores.

Em junho, o governo Crisafulli aprovou uma legislação que isenta os projetos olímpicos das normas de planejamento urbano tradicionais, o que provocou críticas de ambientalistas e representantes indígenas.

A campanha Salve Victoria Park, que na terça-feira divulgou uma declaração conjunta com a YMAC, considerou a medida “sem precedentes”, afirmando que ela ignora legislações já existentes sobre proteção ambiental e direitos dos povos originários.

A porta-voz da campanha, Sue Bremner, alertou que se estima a perda da maior parte da área verde e centenas de árvores maduras.

Representa uma perda cultural e ambiental significativa e irreversível, ao mesmo tempo em que os organizadores promovem os Jogos de 2032 como os primeiros com um Plano de Ação para a Reconciliação. É notável.

Em julho, o presidente do comitê organizador, Andrew Liveris, declarou à agência Reuters que todas as objeções seriam consideradas, mas reiterou que a legislação aprovada em junho era fundamental para assegurar a conclusão das instalações no prazo previsto para os Jogos.

Fonte por: CNN Brasil

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