O grupo Brics, que reúne Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul e outros países emergentes, apresenta capacidade de resposta restrita diante da ameaça do presidente americano Donald Trump de aplicar tarifas de 50% sobre produtos brasileiros.

Apesar da demonstração de apoio de nações como Rússia e China, o grupo não dispõe de instrumentos adequados para responder a tal atitude.

Os integrantes do Brics compartilham o interesse em promover transformações no sistema de governança mundial.

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Contudo, em relação a questões comerciais específicas, o grupo demonstra divergências consideráveis e não atua como um bloco comercial coeso.

Cenário de negociações comerciais

Vários países do Brics já progrediram em negociações individuais com os Estados Unidos.

Indonésia finalizou um acordo, China e Índia encontram-se em fases avançadas de negociações, enquanto o Brasil não obteve avanços relevantes nas tratativas.

As negociações comerciais geralmente exigem um tempo substancial para serem finalizadas. A sugestão de Trump de celebrar mais de 200 acordos comerciais em um curto espaço de tempo tem gerado ceticismo entre especialistas do setor, que avaliam o prazo como inviável.

A situação atual é intensificada pela estagnação da Organização Mundial do Comércio, que antes estabelecia as regras do comércio internacional.

Os tribunais internos da organização, que tratam de questões comerciais, estão paralisados devido ao veto americano à nomeação de novos juízes. Analistas indicam que relações comerciais bem-sucedidas não dependem necessariamente de convergência geopolítica.

Vários países mantêm relações comerciais sólidas, apesar de divergirem em questões políticas, como se observa nas relações comerciais entre os Estados Unidos e a China, ou entre a União Europeia e a Rússia.

Fonte por: CNN Brasil