O confronto entre Israel e Irã pode gerar impactos que vão além do Oriente Médio, influenciando o panorama geopolítico mundial. Alexandre Coelho, professor de Relações Internacionais da FESPSP, ressalta em entrevista à CNN a importância do Estreito de Ormuz como um ponto estratégico chave nesse embate.
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Conforme Coelho, o Estreito de Ormuz é um ponto estratégico crucial, cuja instabilidade pode impactar não apenas os atores locais, mas o sistema internacional como um todo.
O especialista manifesta preocupação com os recentes ataques de Israel às refinarias e bases de produção de energia do Irã, o que pode atrair ainda mais o interesse de potências como China, Rússia e Estados Unidos.
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O impacto na China e interesses globais.
A China, com grande dependência das exportações de petróleo do Irã e de outros países da região, sofreria impactos significativos com um possível bloqueio do Estreito de Ormuz. Coelho acredita que isso pode levar Pequim a uma atuação mais assertiva nos próximos dias, buscando conter o aumento do conflito no Oriente Médio.
O professor também menciona o papel de outros atores internacionais, como Rússia e Estados Unidos, na possível mediação do conflito. A Rússia, aliada do Irã e dependente de seus drones para o conflito na Ucrânia, tem interesse em minimizar as tensões.
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Os Estados Unidos, na administração Trump, exibem uma posição ambígua, tendo anteriormente criticado acordos com o Irã.
Complexidade política e riscos energéticos.
O relator enfatiza a complexidade da estrutura política iraniana, que apresenta múltiplos grupos de interesse e diferentes perfis em território nacional. Ele adverte sobre a chance de o Irã interromper o tráfego no Estreito de Ormuz como forma de retaliação, caso persista o ataque às suas fontes de energia.
O especialista conclui enfatizando o problema da China: dar apoio excessivo ao Irã pode resultar em sanções ocidentais; caso contrário, coloca em risco sua segurança energética. Esta situação ilustra a complexa rede de interesses e riscos que envolve o conflito entre Israel e Irã, com potenciais consequências globais.
Fonte por: CNN Brasil
